Os setores produtivos relacionados à economia criativa fecharam o ano passado com variação positiva de 4% na abertura de postos de trabalho, totalizando mais de 7,7 milhões de trabalhadores.
É o melhor desempenho dos últimos 12 anos segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnadc), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Os dados, compilados pela Fundação Itaú, mostram que 287 mil postos foram adicionados ao mercado de trabalho da economia criativa entre dezembro de 2022 e dezembro de 2023.
Apesar disso, a informalidade cresceu 5% entre as empresas de economia criativa antes 3% de alta nas contratações formais.
As empresas de design puxaram a lista de maiores altas entre trabalhadores especializados ou não, com 29% de crescimento na oferta de vagas. Em seguida estão música (24%), desenvolvimento de software e jogos digitais (18%) e gastronomia (16%).
Os profissionais formados em serviços de tecnologia da informação também surfaram em um mercado aquecido, com expansão de 20% no período.
Entre os setores que tiveram redução na oferta de trabalho, o editorial foi o mais atingido –8% nos postos de trabalho foram fechados. Artes cênicas (queda de 6%) e atividades artesanais (queda de 2%) aparecem em seguida.
Segundo o Itaú, os estados que registraram melhor desempenho foram Sergipe (28% de crescimento em postos de trabalho), Roraima (27%), Alagoas (25%) e Goiás (18%), enquanto as maiores quedas foram registradas no Maranhão (18%) e Piauí (14%).
Maior economia do país, São Paulo é o estado que mais concentra trabalhadores criativos, com 2,5 milhões de postos, 3% mais que em 2022.
A maioria dessa força de trabalho é de homens (55%). Brancos são 57% e negros, 41%.
A desigualdade de salários regula com a da economia em geral. Enquanto trabalhadores brancos ganham, em média, R$ 5,3 mil, a média de pretos é de R$ 2,8 mil, e pardos, R$ 3 mil.
Em relação a gênero, as mulheres recebem na faixa dos R$ 3,2 mil, enquanto os homens ganham mais que o dobro, R$ 5,6 mil.
Com Diego Felix
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