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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Descrição de chapéu agronegócio

Agro no Norte impulsiona plano de gigante de fertilizantes dos EUA

Presidente da Itafos diz que sul do Pará e região do Matopiba turbinam planos de investimento

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Brasília

Otimista com o mercado, a Itafos, mineradora de fosfato dos EUA que fabrica fertilizantes, quer aproveitar a janela de oportunidades com as barreiras de exportação impostas pela China e com o aumento dos prêmios pagos por países importadores para ampliar sua produção no Brasil.

A companhia tem muito o que avançar diante de sua capacidade ociosa. Além dos EUA, um dos maiores investimentos realizados foi na reativação da planta de produção de ácido sulfúrico e na retomada da mineração de fosfato em Arraias (TO).

Felipe Coutas, presidente da Itafos no Brasil
Felipe Coutas, presidente da Itafos no Brasil - Divulgação

Foram investidos mais de US$ 22 milhões em pesquisa, desenvolvimento e recomissionamento de plantas que estavam paradas.

"Isso permitiu à Itafos se tornar uma das principais fornecedoras de ácido sulfúrico do Brasil, com mais de 100 mil toneladas de ácido entregues por ano, além de retomar a produção de fertilizantes de forma escalonada, saltando de 30 mil toneladas, em 2023, para 120 mil toneladas de fertilizantes em 2024," disse ao Painel S.A. Felipe Coutas, presidente da empresa no Brasil.

No entanto, isso ainda é pouco diante da capacidade de 500 mil toneladas por ano de fosfato natural, fosfato parcialmente acidulado, SSP e SSP micrado da fábrica.

"Nosso planejamento é ocupar totalmente nossa capacidade ociosa nos próximos dois anos", disse o executivo.

O Plano Nacional de Fertilizantes trouxe outro impulso para projetos de fosfato e potássio. A ideia é avançar com um projeto em Santana (PA), que ajudará na redução da dependência externa de fertilizantes.

"Em 2024, esperamos um aumento de 30% nas vendas de ácido sulfúrico e aproximadamente 300% na venda de fertilizantes. Temos visto a região do Matopiba [formada por áreas de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia], mas o sul do Pará se destaca com um incremento enorme para culturas como a soja e milho."

O presidente da Itafos considera que o momento é propício porque os níveis de estoques estão menores que no ano passado.

Além disso, as restrições impostas pelo governo chinês às exportações aliadas a maiores prêmios pagos e outros países, como Índia, elevou os preços dos fertilizantes no segundo trimestre do ano.

"Muitos produtores atrasaram a tomada de decisão para a compra de fosfatados. Com os preços aquecendo, me parece que o momento de formar a posição para o plantio da safra 2024/2025 chegou."

Com Diego Felix

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