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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Briga entre irmãos Klein culmina em busca e apreensão em escritório de Michael

Saul Klein, irmão mais novo, questiona valores da herança deixa pelo pai, fundador da Casas Bahia

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São Paulo e Brasília

A Justiça de São Paulo realizou nesta quinta (15) mandados de busca e apreensão no escritório e na residência do empresário Michael Klein, filho mais velho e herdeiro do fundador das Casas Bahia, Samuel Klein.

O novo capítulo da disputa envolvendo Michael e seu irmão mais novo, Saul, envolve a entrega de cópias e documentos que, supostamente, comprovam assinaturas de doações de Samuel a Michael e seus filhos, Raphael e Natalie.

O empresário Michael Klein, dono do Grupo CB
O empresário Michael Klein, dono do Grupo CB - Karime Xavier/Folhapress

Dois dos endereços indicados por Saul à 3ª Vara Cível de São Caetano do Sul incluíam unidades das Casas Bahia em São Paulo. Consultada, a companhia negou que suas unidades tenham sido alvo de busca e apreensão.

Além da residência do empresário na Vila Nova Conceição, zona sul de São Paulo, os agentes entraram no escritório da Casa Bahia Comercial, empresa que Michael mantém em São Caetano (SP).

No andar térreo do mesmo local funciona uma unidade das Casas Bahia. O restante do prédio é ocupado por salas comerciais de outras empresas, uma delas a Casa Bahia Comercial, de Michael.

A Justiça também determinou a operação na sede da varejista, em Pinheiros, porém a companhia afirmou ao Painel S.A. que não existem registros da operação no local.

Apesar de Michael manter escritório no mesmo endereço em São Caetano, os negócios não se relacionam. A família Klein deixou de ter atuação no grupo há mais de dez anos.

O pedido que originou a operação desta quinta integra uma ação movida por Saul Klein contra o irmão por suposta falsificação de assinaturas de Samuel Klein.

Inventariante do espólio do pai, Michael conseguiu em maio o arquivamento do processo no Tribunal de Justiça de São Paulo, mas Saul ingressou com um novo pedido exigindo a devolução de R$ 2,5 bilhões em doações feitas pelo fundador das Casas Bahia a Michael e seus filhos.

No processo, a juíza Cintia Adas Abib, afirmou que, mesmo com o arquivamento do processo, Michael deixou de apresentar à Justiça os documentos que validam as doações feitas em vida pelo pai.

Michael foi intimado sobre a decisão em abril deste ano, porém deixou de levar os documentos ao judiciário paulista.

"As medidas de apoio, postuladas pelo autor mostram-se adequadas, em virtude da inação do réu, quanto ao cumprimento da obrigação especifica e relevantes, tendo em vista a efetiva probabilidade dos documentos em questão serem localizados nos locais indicados pelo autor, ou seja, na residência e escritório de trabalho do administrador dos bens do espólio, ou seja, o inventariante Michael Klein, ao qual compete a guarda e conservação dos documentos de interesse da sucessão hereditária", escreveu a juíza no processo.

Consultado, Michael Klein disse, via assessoria, que toda a documentação solicitada por Saul já havia sido apresentada nos autos do processo.

"A busca e apreensão é uma medida sem eficácia", disse.

Saul Klein não quis comentar.

Com Diego Felix

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