Preto Zezé

Presidente nacional da Cufa, fundador do Laboratório de Inovação Social e membro da Frente Nacional Antirracista.

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Preto Zezé
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A força do favelês!

Dialeto traz diversidade rica em conteúdo e talento que pulsa nos quatro cantos do Brasil

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Um dos desafios do momento para gestores, empresas e líderes é a comunicação.

Dona Guilhermina, uma senhora sábia que conheci nas favelas, me disse que o importante não é o que se diz, mas como a gente entende.

Fiquei refletindo sobre esse tríplex de complexidade que ela colocou na minha cabeça e colaborou demais para as minhas andanças e vivências pelas favelas do país.

Meu sonho é levá-la para falar ao lado de grandes comunicadores na Expo Favela, feira do quarto setor que acontece nos dias 17, 18 e 19 de março na cidade de São Paulo e vai se espalhar por todo o país.

foto mostra espaço de um evento que juntou empreendedores da favela e investidores do asfalto
Um dos espaços da Expo Favela, que levou 30 mil pessoas ao WTC em 2022, era uma arena aberta ao debate - Marcelo Pereira/Secom Prefeitura de São Paulo

A comunicação será um tema tão importante que a Favela Holding está realizando um inventário nacional com meios de comunicação e influenciadores de periferias e favelas de todo o Brasil.

Comentei com o CEO da Favela Holding, Celso Athayde, que juntos vamos levar essa rede para dialogar com gestores públicos de municípios, estados e União, bem como já fazemos com as empresas.

A visibilidade para esse tipo de comunicação se faz necessária para fortalecer a comunicação pública na ponta, onde as coisas ocorrem e, principalmente, reforçando o protagonismo de gente que está nos portais, nas páginas, nos canais, no sites, nos podcasts, fazendo jornalismo, comunicando, produzindo publicidade de ponta. Trata-se de uma questão extremamente importante e atual para os dias de hoje em que se disseminam tantas notícias falsas --as famigeradas fake news.

Diante de tantas demandas sociais que o país precisa atender, com certeza essa rede de comunicação de favela e periferia vai poder fazer o que Dona Guilhermina me ensinou: comunicar para se fazer entender.

Hoje já temos muitas experiências de todos os tipos, conectando as habilidades e potenciais desses meios. Teremos também um canal direto com a base da pirâmide, que hoje fala "favelês" --um dialeto próprio que tem sotaques diferentes em cada território, e essa diversidade rica em conteúdo e talento pulsa nos quatro cantos do Brasil.

O encontro dessa teia comunicativa vai ampliar também a possibilidade de negócios, de acesso aos territórios que não têm interlocução e, principalmente, incorporar as estratégias e expandir essa inteligência gestada nas regiões mais invisibilizadas da nação.

A favela tem muito o que colaborar com a reconstrução do país e apresentar novos horizontes para uma comunicação eficiente e comprometida com sua função social.

Se você que está lendo este artigo tem algum canal, meio ou veículo, sinta-se parte dessa família. Tamo junto!

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