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Jornalista e autor de "Escola Brasileira de Futebol". Cobriu sete Copas e nove finais de Champions.

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Palmeiras lidera Brasileiro, mas rodadas indicam equilíbrio

Time teve um técnico em 19 meses, enquanto Atlético, Corinthians e São Paulo tiveram três

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O Palmeiras é o melhor time do país e do campeonato. Mesmo assim, as 11 primeiras rodadas indicam equilíbrio. Não é um triangular entre Atlético, Flamengo e Palmeiras, como muita gente imaginou. Tanto que o líder tem 22 pontos e a menor pontuação em onze jogos desde o Figueirense (2004).

Abel Ferreira muda a estratégia a cada adversário e, mesmo assim, tem o desenho tático mais repetido. Contra o Coritiba, manteve Zé Rafael e Danilo como volantes, linha defensiva de quatro homens, Dudu pela direita, Veron à esquerda, Scarpa organizando e Rony de centroavante. Raphael Veiga segue lesionado e Gustavo Gómez na seleção.

Fez o gol em cobrança de escanteio ensaiada. Dos 78 gols do Palmeiras nesta temporada, 42% nasceram de bolas paradas.

Dudu do Palmeiras, comemora gol contra o Coritiba na capital paranaense
Dudu do Palmeiras, comemora gol contra o Coritiba na capital paranaense - Cesar Greco/Agência Palmeiras

Especialmente numa sequência de partidas, com treinos raros, quem joga de memória leva vantagem.
Pois o Palmeiras tem um treinador há 19 meses, período em que Atlético, Corinthians e São Paulo tiveram três técnicos, o Flamengo quatro, o Santos teve cinco, e o Inter seis.

Sexto nome colorado, Mano Menezes ajudou o Internacional a saltar da 13ª colocação para a briga por Libertadores. Costuma dizer que está mais difícil ver os sistemas e defini-los. As movimentações mudam na hora de atacar ou defender, mudaram também as suas contra o Flamengo.

Sem Edenílson, escalou Rodrigo Dourado como volante aberto pela direita. Não atacava por aquele lado, cujo corredor era ocupado pelo lateral Bustos. Do lado oposto, o atacante Wanderson tinha obrigação defensiva e completava a linha de quatro do meio-de-campo, sempre pronto para ser o velocista. Fez dois gols.

Era 4-4-2 ou 4-3-3? Dependia de ter ou não ter a bola.

O Internacional pode ser o perseguidor do Palmeiras, como Corinthians, Atlético e São Paulo têm chance. Muita gente ainda aposta na reação do Galo. Sua maratona incluirá Copa do Brasil e Libertadores. Alguns dos times mais fortes perderão fôlego.

Razão para prestar atenção a Internacional, Corinthians e São Paulo. Rogério Ceni tenta dar personalidade a um time que empata muito e entregou sua vantagem cinco vezes no segundo tempo. Contra o América, Rogério Ceni perdeu Diego Costa, como terceiro zagueiro.

Prendeu Igor Vinícius na defesa, abriu Rodrigo Nestor pela direita quase como um ala no início da partida e, depois, alterou pela necessidade de equilibrar um confronto difícil. Luan saiu machucado e Patrick, seu substituto, fez o gol da vitória. Magra e santa vitória são-paulina.

O Corinthians jogou bem contra o Juventude. Vítor Pereira sabe que precisa definir uma base, prefere ter três homens no meio e três no ataque. Às vezes, precisou jogar com três para ter Mantuan como ala, porque tinha um lateral-direito machucado (Fagner), um fraco (João Pedro) e outro com acusação de racismo (Rafael Ramos). O técnico português sabe que o rendimento precisa ser mais estável. Mesmo assim, está em segundo lugar e é o mais direto perseguidor do Palmeiras.

O campeonato será uma longa corrida com obstáculos. Mas dá sinais. O Palmeiras não vencia no Couto Pereira havia 25 anos, desde a Copa do Brasil de 1997, ou 33 anos, pelo Brasileiro. Ganhar fácil como fez no domingo (12) é sinal de que o time vai longe.

Ilustração de campo de futebol mostra o esquema tático do time do São Paulo contra o Internacional no jogo de 12 de junho de 2022
Igor Vinícius de terceiro zagueiro e Nestor aberto na direita - Folhapress
Ilustração de campo de futebol mostra o esquema tático do time do Internaciona contra o Internacional no jogo de 12 de junho de 2022
Inter de Mano: difícil ver o sistema tático - Folhapress

É vendaval...

Dorival Júnior chegou ao Flamengo com um aparente pacto com os jogadores históricos e os que conhece, como Thiago Maia. Perdeu por 3 x 1 e o Flamengo fechará a rodada em 16º. O rubro-negro sem identidade teve cinco técnicos desde Jorge Jesus e gastou R$ 22 milhões em rescisões de contrato.

Dez Mudanças

Com a demissão de Paulo Sousa e a contratação de Dorival Júnior, duas novas mudanças de técnico. Já são 10, em 11 rodadas, mais do que as 9 registradas durante toda a temporada 2021/22 da Premier League. A epidemia das trocas diminui a chance de ter cinco, dez clubes com bom jogo coletivo.

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