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Jornalista e autor de "Escola Brasileira de Futebol". Cobriu sete Copas e nove finais de Champions.

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Rogério sofre, mas tenta voltar a atacar

Vítor Pereira diz que sua vida é feita de vencer dérbis, mas Corinthians tem dificuldade em ganhar clássicos

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Ganhar clássicos é uma dificuldade para o Corinthians de 2022, mesmo que Vítor Pereira diga que sua vida é feita de vencer dérbis. Vá lá que nunca perdeu um Porto x Benfica, mas o décimo encontro contra os três rivais paulistas manteve a sequência com apenas uma vitória. São sete derrotas e três empates.

Olha que o treinador português se esforçou. Escalou oito titulares prováveis da Copa do Brasil, óbvia prioridade neste momento da temporada. Treinou durante a semana inteira, tentou dar ritmo aos seus principais atletas no Morumbi, jogou bem depois da entrada de Renato Augusto.

Giuliano, do Corinthians, e Andres Colorado, do São Paulo, disputam posse de bola em jogo que acabou empatado, no domingo (11), no Morumbi
Giuliano, do Corinthians, e Andres Colorado, do São Paulo, disputam posse de bola em jogo que acabou empatado, no domingo (11), no Morumbi - Carla Carniel/Reuters

E, mesmo assim, não vence.

Pecado que um Majestoso, pelo Brasileirão, sirva mais para entender quem jogará o mata-mata do que para o Corinthians lutar pelo título e o São Paulo somar pontos para sair das últimas posições.

Rogério Ceni tinha medo das lesões musculares. Justificou a escalação sob o argumento de ter o time mais forte fisicamente, para igualar o rival que treinou os últimos seis dias. Deu sinais de que, finalmente, abre mão de três zagueiros.

Volta à origem de seu trabalho, no sistema 4-1-3-2. Colorado como primeiro volante, atrás de uma linha de armadores com Igor Gomes à direita, Galoppo à esquerda, Talles Costa no centro. Éder e Bustos formaram a dupla de ataque, municiada menos do que necessário, porque o São Paulo errou passes demais.

Campinho
São Paulo provável para a Copa do Brasil: só um titular no clássico -

Começou pior e terminou melhor a primeira etapa, contra o Corinthians de enorme disposição de Du Queiroz. Vítor Pereira manteve seus três meio-campistas e três atacantes. Além de Du, Giuliano deu passe para Yuri Alberto.

Éder chutou na trave aos 18 minutos da segunda etapa e Roger Guedes puxou contra-ataque na sequência. Em vez de oferecer o passe para Du Queiroz, com o corredor aberto, deu a bola a Yuri Alberto, impedido. Acabou a paciência de Vítor Pereira aí. No minuto seguinte, Guedes foi trocado por Mateus Vital.

Campinho
Corinthians provável contra o Flu: sete titulares no clássico -

Em parte, poupado para quinta-feira (15), contra o Fluminense. Em parte, porque seu índice de erros foi maior do que se espera de um atacante talentoso, mesmo sendo quem mais finalizou certo.

Rogério foi recolocando titulares no segundo tempo. Primeiro Pablo Maia e Luciano, depois Patrick e Calleri. Mesmo assim, com a entrada de um único titular do Corinthians, a equipe melhorou: Renato Augusto. Com ele em campo, o time de Vítor Pereira passou a ter 59% da posse de bola da segunda etapa e criou as melhores chances. Na principal delas, Bruno Méndez demorou para chutar e Felipe Alves salvou com o pé. Em seguida, Renato Augusto cobrou escanteio. No rebote, Fausto Vera chutou na trave.

Impressiona e decepciona como o Corinthians melhora com Renato Augusto e como, ao mesmo tempo, pode contar tão poucas vezes com seu melhor jogador. Ficou fora de nove jogos do Brasileiro. Com ele em campo, o time tem 26 dos 44 pontos conquistados.

O jogo confirmou que o Corinthians é forte apenas dentro de casa. Esperança, porque jogará em Itaquera contra o Fluminense, a semifinal da Copa do Brasil. Também mostra que Rogério Ceni voltou a acreditar em atacar seus rivais, escalando Luciano, Patrick e Calleri juntos.

Não fez isso contra o Flamengo, na ida, e perdeu no Morumbi. Escalará o trio no Maracanã, para tentar a virada redentora.

Doze finais

O Palmeiras sofreu mais do que o previsto para vencer o lanterna Juventude, mas jogou bem. As inversões de posições de Dudu, Scarpa e Tabata funcionaram e o time superou a ausência de Raphael Veiga. Problema: faz seis jogos que sofre gol em todos.

Pé na porta

Oswaldo de Oliveira é campeão do mundo pelo Corinthians e três vezes campeão japonês, o que desmente a tese de que técnico brasileiro não vai à Europa por causa do idioma. Muito triste vê-lo defender reserva de mercado. Ele no Japão, pode. Português, no Brasil, não pode!?

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