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Jornalista e autor de "Escola Brasileira de Futebol". Cobriu sete Copas e nove finais de Champions.

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Descrição de chapéu Flamengo Campeonato Brasileiro

Caso Pedro mostra que nem tudo é tática no futebol

Time alcança seu maior nível de jogo, mas futebol não é só tática e estratégia

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O Flamengo alcançou seu nível de maior estabilidade tática sob o comando de Jorge Sampaoli, após 27 jogos, 16 vitórias e 4 empates. Aprende todos os dias a jogar como o treinador ensina, tendo a posse de bola como dogma e sua recuperação imediata como religião.

E, então, quando vence o Atlético em Belo Horizonte, apenas pela quinta vez em 35 partidas por Campeonatos Brasileiros, explode uma inédita briga com tapas e socos entre o preparador físico e o centroavante que se recusou a continuar fazendo aquecimento.

Futebol não é só tática e estratégia.

A vida exige sabedoria, diálogo e compreensão em qualquer relacionamento.

O estreitamento da relação entre o técnico argentino e o grupo de jogadores e a evolução da preparação física fez com que o Flamengo saísse de enorme dificuldade de desarmar no campo de ataque para um estilo capaz de fazer dois terços das recuperações depois do meio de campo.

O técnico Jorge Sampaoli tem questões a resolver - Sergio Moraes - 1º.jul.23/Reuters

"O grupo gosta do Pablo Fernández. Ele trabalha muito bem, mas uma agressão dessas não tem condição de se aceitar", disse uma das testemunhas presentes no vestiário depois da vitória no estádio Independência.

Pablo é velho conhecido de Sampaoli, a quem conheceu ainda em Rosário, província de Santa Fé, onde treinador e preparador físico nasceram. A maior ligação entre os dois sempre foi o assistente Jorge Desio, escudeiro do técnico desde suas empreitadas no Peru e no Equador.

Desio trabalhou com Sampaoli nas seleções de Chile e Argentina, no título sul-americano pela Universidad de Chile e nas primeiras experiências brasileiras, no Santos e no Atlético-MG. Recusou ir ao Flamengo, por julgar que sua família e sua relação com o filho adolescente precisam de sua presença.

A manhã de domingo foi de cancelamento de churrasco de integrante de comissão técnica de Sampaoli, dúvidas sobre ele aceitar a permanência, mesmo com parte da diretoria compreendendo ser melhor a manutenção do trabalho e a saída do preparador físico.

Um integrante da comissão disse não saber se o técnico aceitaria.

Alguns dos jogadores diziam que essa solução seria aceita, porque gostam do que está acontecendo com a forma de jogo, mas é inaceitável a agressão de Pablo Fernández.

Se dependesse apenas do que acontece dentro de campo, o Flamengo entraria nas oitavas de final da Libertadores, na quinta-feira (3), contra o Olimpia, como candidato ao quarto troféu continental. Voltou à condição de melhor equipe do país, com atuação impecável contra o Grêmio e boa contra o Galo.

Capacidade de empurrar o adversário para trás, seja como mandante, seja como visitante. "Temos de jogar da mesma maneira, como se fosse uma religião", afirmou o técnico argentino após triunfar contra o Grêmio, pela Copa do Brasil.

Curioso não ter conseguido se impor na última vez em que atuou no Maracanã, empate por 1 a 1 com o América-MG, pelo Brasileiro. Noção de que a equipe não está pronta, mas evolui a cada semana.

Visões diferentes de enxergar futebol têm melhorado o campeonato. Abel Ferreira, Dorival Júnior, Fernando Diniz, Sampaoli representam pensamentos diversos. O argentino e sua comissão técnica acrescentam muito do ponto de vista tático. A questão é que o futebol, como a vida, exige mais do que isso.

Campinho do PVC mostra esquemas táticos do Flamengo: campo 1 - Flamengo em construção, no 4-2-3-1; campo 2 - Flamengo atacando em 2-3-5
Folhapress

Tiro de canto

O Palmeiras passou nove jogos sem fazer gols de bola parada e só ganhou dois deles. Voltou a fazer seus escanteios serem letais contra o Fortaleza, num gol de rebote, de Richard Ríos. Contra o América, de novo as faltas e tiros de canto foram importantes. Descansado e treinado, o Palmeiras melhorou.

James Rodríguez

O São Paulo decidiu que queria ter no Morumbi um meia que oferecesse o que Raphael Veiga oferece no Allianz Parque. Organização e gols. James Rodríguez é o escolhido, embora tenha o defeito de ficar fora de 40% dos jogos. Foi assim no Everton e no Olympiacos. A contratação é boa.

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