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Jornalista e autor de "Escola Brasileira de Futebol". Cobriu sete Copas e nove finais de Champions.

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Semifinal de técnicos e sistema fora de moda

Dorival Júnior e Luxemburgo têm ligação tática, e jogos da Copa do Brasil representam desgraça ou oportunidade para ambos

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O São Paulo é o único dos doze clubes que mudaram de técnico e subiram de prateleira no Brasileiro. Dorival Júnior tirou seu time da 14ª posição e agora disputa vaga na Libertadores.

Está na semifinal da Copa do Brasil.

Vanderlei Luxemburgo é diferente. Assumiu o Corinthians na briga para não cair e segue nela. Mas pode ser campeão se vencer a semifinal contra o São Paulo.

Não foi vítima da recente injustiça sofrida por Dorival no Flamengo, que o dispensou depois de conquistar Libertadores e Copa do Brasil de 2022.

Vanderlei Luxemburgo, treinador do Corinthians, durante partida da Copa Sul-Americana, no começo de julho, em São Paulo
Vanderlei Luxemburgo, treinador do Corinthians, durante partida da Copa Sul-Americana, no começo de julho, em São Paulo - Nelson Almeida - 11.jul.23/AFP

Luxemburgo segue sua fase "Quase sem Querer", referência à canção do Legião Urbana que diz: "Quando o que eu mais queria era provar para todo mundo que eu não precisava provar nada para ninguém."

Foi o tom de sua entrevista em Salvador, depois do insosso empate por 0 x 0 com o Bahia.

Luxemburgo tem razão ao afirmar que a renovação forte no Corinthians explica alguns resultados ruins, especialmente quando descansam os mais experientes.

A semifinal da Copa do Brasil representará desgraça ou oportunidade tanto para Dorival, quanto para Luxemburgo.

Dorival Júnior, técnico do São Paulo, em partida no Morumbi contra o Fluminense, no começo de julho, pelo Campeonato Brasileiro
Dorival Júnior, técnico do São Paulo, em partida no Morumbi contra o Fluminense, no começo de julho, pelo Campeonato Brasileiro - Carla Carniel - 1º.jul.23/Reuters

Curiosa ligação tática, entre Luxemburgo e Dorival, que ganhou a Libertadores 2022 com um losango de meio de campo, aparentemente antiquado. Usava o desenho com Thiago Maia, Éverton Ribeiro, João Gomes e De Arrascaeta, ataque com Gabigol e Pedro, na final continental vencida contra o Athletico, em Guayaquil.

Ligação com Luxemburgo, porque o mais velho técnico corintiano foi campeão brasileiro cinco vezes, sempre com este sistema.

Classificou-se nas quartas de final, contra o América, também desta forma. Escalava Moscardo como primeiro volante, atrás de Fausto Vera, Renato Augusto e Matías Rojas.

Difícil escalar para o clássico contra o São Paulo, tendo Moscardo machucado e Matías Rojas como dúvida, por lesão no tornozelo.

Luxemburgo pode escolher outro volante, e manter o esquema, ou usar Bruno Méndez em linha de cinco defensores. Por jogar em Itaquera e não querer demonstrar medo do adversário, é possível pensar no time das quartas com novo cabeça de área —Roni ou Maycon.

Editoria de Arte

Mais provável repetir o sistema dos dois últimos jogos e usar três zagueiros, linha de cinco defensores.

Dorival Júnior aposentou o losango de meio de campo no São Paulo por causa das características diferentes do seu elenco em comparação com o Flamengo.

Escala dois volantes, Wellington Rato como ponta direita, Rodrigo Nestor pela esquerda. Nestor escapa para o meio e deixa o corredor esquerdo livre para o lateral Caio Paulista.

Por vezes, se vê o São Paulo atacando num 3-2-5, como o Manchester City, de Guardiola. A linha ofensiva vai de Wellington Rato na direita a Caio Paulista na esquerda, passando por Luciano, Calleri e Rodrigo Nestor.

O que aumenta a noção de que Luxemburgo pode apostar nos três beques.

Dorival Júnior é o maior exemplar de técnico brasileiro, fora de moda, desprezado mesmo após ser campeão. Luxemburgo foi o melhor treinador do país. Mesmo assim, só venceu o mata-mata nacional uma vez, pelo Cruzeiro, em 2003, quando Dorival começava a carreira que lhe deu dois destes troféus.

O São Paulo é favorito, mesmo jogando em Itaquera, onde houve 16 partidas, com 10 vitórias corintianas e 6 empates.

IRONIA TOSCA

Abel Ferreira é muito bom técnico, para tentar virar comediante. Ruim sua ironia, perguntando se estava bem sentado na cadeira, se alguém queria mudar sua postura. Provocação ruim. Quando falou de futebol, apontou razões físicas e de concentração para tentar explicar a queda do Palmeiras. Foi bem melhor.

REFORÇO

Jean Lucas fez estreia estupenda pelo Santos, com passe para gol de Marcos Leonardo. O centroavante marcou duas vezes no líder do Brasileiro, que só tinha sofrido sete gols em 15 partidas. O poder de reação do Botafogo foi gigantesco. Melhor do que Jean Lucas, só o lateral botafoguense Marçal, destaque da partida.

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