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Jornalista e autor de "Escola Brasileira de Futebol". Cobriu sete Copas e nove finais de Champions.

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A copa para tornar o ano majestoso

Mata-mata de São Paulo x Corinthians na Copa do Brasil lembra a final do estadual de 1998

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O Corinthians chega à semifinal da Copa do Brasil com onze jogos de invencibilidade. Parecia improvável alcançar esta sequência três meses atrás: "Um empate contra o Internacional seria comemorado e atualmente lamentamos sofrer o gol no fim", disse Vanderlei Luxemburgo depois do 2 x 2 do Beira Rio, semana passada.

Até o losango de meio-de-campo que usava quando era reconhecido como melhor treinador do país voltou à moda. Ano passado, com Dorival Júnior, no Flamengo. Neste final de semana no Real Madrid de Carlo Ancelotti. Depois de perder Benzema para o Al Ittihad, da Arábia Saudita, o provável futuro técnico da seleção montou seu time "in rombo", como se diz na Itália.

Bellingham como meia criativo, Rodrygo e Vinicius Júnior no ataque.

O 25º mata mata de São Paulo x Corinthians lembra a final do estadual de 1998, porque um antigo ídolo são-paulino volta ao Morumbi, entre o primeiro e o segundo encontro eliminatório. Há 25 anos, Raí desembarcou de Paris dois dias antes de marcar o primeiro gol do triunfo são-paulino por 3 x 1, que virou o confronto vencido uma semana antes pelos corintianos por 2 x 1.

Corinthians e São Paulo durante primeiro jogo da semifinal da Copa do Brasil
Corinthians e São Paulo durante primeiro jogo da semifinal da Copa do Brasil - Adriano Vizoni - 25.jul.23/Folhapress

É quase tudo igual. O Corinthians jogou o primeiro mata mata de branco, o São Paulo de tricolor, o placar se repetiu, um ídolo voltou ao Morumbi entre as duas partidas.

Impossível dizer se Lucas será decisivo como Raí.

Seus colegas confiam e o receberam com imensa alegria. "É muito melhor do que jogar com Wellington Rato", brincou um dos que frequentam o vestiário do Centro de Treinamento da Barra Funda.

Folhapress

Dorival Júnior não usa mais o losango com que venceu a Libertadores pelo Flamengo, no ano passado. Pelas características do elenco, puxa Rodrigo Nestor como meia, pela esquerda, libera o corredor para Caio Paulista explorar. Nestor não era visto como o armador possível. Seu rendimento aumentou muito, a ponto de ser apontado unanimemente como melhor em campo contra o San Lorenzo, pela Copa Sul-Americana.

Antes disso, a direção queria um meia que fizesse, no São Paulo, o que Raphael Veiga faz pelo Palmeiras. Ajudasse o time a andar da defesa ao ataque e oferecesse gols e passes. James Rodriguez chega com esta visão, embora não se tenha como afirmar que jogará no nível que se viu na Copa do Mundo de 2014.

Faz muito tempo e ele só jogou 55% das partidas pelo Olympiacos, na Grécia.

O São Paulo confia nas duas estrelas que chegam, o Corinthians tenta manter a sequência sem Roger Guedes. Renato Augusto será o condutor, provavelmente livre à frente de três trabalhadores – Moscardo, Ruan Oliveira e Maycon – para fazer a bola chegar a Yuri Alberto e Matías Rojas.

Se o paraguaio recém-chegado não puder atuar em bom nível, por se recuperar de lesão no tornozelo, caberá a Renato Augusto ser o homem mais livre e municiar Yuri Alberto, junto com Ádson.

Como contra o Coritiba.

O São Paulo tem mais jogadores capazes de decidir o clássico, jogará no Morumbi, diante de mais de 50 mil incentivadores. Parece capaz de alcançar a segunda virada nas duas copas que prioriza. Mas o Corinthians está mais organizado e tem o maior craque em campo: Renato Augusto.

A Copa do Brasil salvará o ano para Corinthians ou para São Paulo.

O RECORDE

Para quem passou os últimos dez anos debatendo a suposta espanholização do futebol brasileiro, o recorde do Botafogo, melhor campeão do primeiro turno de todos os pontos corridos, é uma resposta. O time suportou desfalques de Tiquinho e do técnico Luís Castro. De zebra, virou favorito ao título.

JOGO DE RISCO

O Palmeiras trabalha para conquistar seis pontos contra Cruzeiro e Cuiabá e seguir o Botafogo. Não desistiu do Brasileiro. A missão não é simples, nem para Abel Ferreira, nem para a Polícia Militar. A sub prefeitura da Lapa não consegue conter ambulantes, nem o supermercado que vende garrafas de cerveja.

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