Depois de se declarar eleito sem apresentar as atas de votação, o presidente Nicolás Maduro assegurou que a Venezuela lidera o quadro de medalhas nas Olimpíadas de Paris. "Em segundo lugar está a União Soviética. Em terceiro, empatadas, estão a Coreia do Norte e a Mesopotâmia", completou o mandatário, sem apresentar, de fato, a contagem de medalhas.
Contrariado, Maduro atacou a lógica burguesa de premiar competidores com metais preciosos. "Além disso, não podemos nos vergar diante dessa hipocrisia imperialista que nos impõe a ditadura da aritmética. Quem definiu que o primeiro vem antes do segundo certamente está contando dinheiro num paraíso fiscal", discursou.
O autopresidente venezuelano garantiu que a Venezuela lidera o ranking da Fifa, a lista de restaurantes mais bem avaliados do guia Michelin, e a corrida tecnológica pelo domínio da inteligência artificial. "Nossos algoritmos são os únicos no mundo capazes de gerar um texto inteligível para explicar para a comunidade internacional o que está acontecendo aqui", explicou, orgulhoso.
Em entrevista coletiva, o presidente Lula afirmou que não há motivos para suspeitar da liderança venezuelana no quadro de medalhas. "Também não vejo razões para desconfiar da fada do dente", completou o mandatário brasileiro.
Jair Bolsonaro foi visto vagando desorientado por um descampado. Testemunhas afirmam que o ex-presidente murmurava frases incompreensíveis. Tradutores foram convocados e, junto com renomados linguistas, chegaram à conclusão de que o raciocínio de Bolsonaro entrou em colapso quando um governo de esquerda acusou as eleições de serem fraudadas. "Foi um misto de inveja, raiva, admiração, contrariedade, tédio, tristeza e nojinho", explicou o parapsicólogo Túlio Pessegueira, que também é especialista em línguas mortas e física quântica.
No fim da tarde, Nicolás Maduro afirmou que venceu também a última edição do Big Brother, que ganhou dois prêmios Oscar e que tem mais bolas de ouro do que Lionel Messi. O autopresidente venezuelano também disse que está pronto para apresentar os boletins completos das urnas apuradas quando Jair Bolsonaro e Donald Trump apresentarem provas de fraudes nas eleições.
Autoridades brasileiras tiveram de deslocar um batalhão inteiro para conter Alexandre de Moraes. O ministro do STF estava subindo pelas paredes, possuído por um desejo incontrolável de regular as eleições venezuelanas.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.