Ricardo Melo

Jornalista e apresentador do programa 'Contraponto' na rádio Trianon de São Paulo (AM 740), foi presidente da EBC (Empresa Brasil de Comunicação).

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Ricardo Melo

Bolsonaro e a quadrilha da fumaça

Procura-se um presidente para o Brasil

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Está mais do que claro que o país não tem presidente digno deste nome. Doravante, pelo menos neste espaço, JMB será assim chamado: pelas iniciais. A presidência está vaga, ou ocupada por um impostor.

Há sentado no Planalto um embusteiro especializado em coreografias ridículas, verborragia de baixo calão e um prontuário policial robusto.

JMB vem colhendo derrota atrás de derrota como mostram as últimas votações no Congresso. Mesmo com o centrão, orçamento paralelo e roubalheiras dele e da famiglia, cada vez menos gente acredita que o Brasil pode sair do buraco com este governo que aí está.

O desfile militar encenado para dar uma demonstração de força virou o contrário. Fosse no Vaticano, veja só, a coisa estaria decidida. Fumaça escura significa derrota do candidato a papa. Foi o que expeliu aquele tanque participando da fuzarca montada para pressionar o Congresso a sabotar eleições.

Coincidências muitas vezes não acontecem por acaso.

O Brasil está sem governo digno desse nome. Tudo o que JMB defende causa repulsa entre os que pregam a democracia, mesmo que da boca para fora. Assusta até os beneficiários de um mandato que defenderam e financiaram em eleições teleguiadas por robôs de fake news.

É o caso dos banqueiros. Com pandemia e tudo, lucram como nunca. 90%. Repetindo: noventa por cento. Quem não acredita basta ler.

Já o pessoal de baixo desce degrau após degrau. Os números da fome no Brasil disparam. A inflação só faz aumentar. A indústria está paralisada. O comércio não reage; aliás, recua.

O desemprego cresce, mesmo com as manipulações estatísticas de Paulo Guedes. São números do IBGE e não de algum panfleto esquerdista.

A pandemia dispensa comentários. Cerca de mil mortes por dia. Seria curioso, não fosse mórbido, ouvir papagaios de telejornais dizerem que isto indica “estabilidade”.

No mundo inteiro existe o temor de que o atraso na vacinação multiplique o número de óbitos. Isto já está acontecendo em países que tomaram providências bem antes do Brasil.

Por aqui, a situação é muito, muito mais grave. A cada sessão da CPI da Covid percebe-se que a vida dos brasileiros tem sido tratada como moeda de troca de propinas. Capitais, cidades médias, pequenas vêm interrompendo a imunização por falta de medicamentos.

Cada cidade faz o que dá na cabeça do mandatário local de plantão. Já há governadores e prefeitos prometendo réveillons, carnavais e o que o valha diante de uma pandemia fora de controle.

Enquanto não se tirar JMB da cadeira que ele assaltou com o apoio da manipulação eletrônica da elite subserviente, só se pode esperar o pior.

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