Caberia rir, não fosse a tragédia a que estamos submetidos, ler inúmeros artigos de colunistas, de "especialistas" e editoriais condenando JMB (dito Bolsonaro) pelas suas últimas peripécias no G20.
Sei que a maioria dos leitores desta Folha torceu pela vitória de um candidato anti-PT. Já eu não votei em ninguém nem fui a Paris para escapulir do confronto.
Simplesmente não voto para, como jornalista, ter liberdade para falar bem ou mal de todo mundo. Pago minhas multas por isso. Estou em dia.
A performance de JMB no G20 humilhou o Brasil. Alguém esperava algo diferente?
Mas a pergunta mais importante não é essa. Como JMB chegou ao poder?
A maioria dos porta-vozes, salvo raríssimas exceções cada vez mais raras, financiou ou levou algum da turma de JMB para impedir Lula/Haddad de conquistar o Planalto.
Apoiada na elite local putrefata, contou com o falsário Sergio Moro, indústria de fake news, mídia oficial e oficializada, Judiciário obediente e o que mais fosse necessário. Hoje posam de viúvas arrependidas.
Agora essa gente se mostra horrorizada para o público diante de JMB. Procura sem nunca achar alguma via de escape.
O país está dividido entre os pobres —a maioria— e a minoria de miliardários cada vez mais ricos. Não há como fugir disso.
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