A cinco dias do final dos Jogos de Tóquio, a China já ultrapassou com folga o número de ouros que conquistou na Rio-16 (32 a 26) e quase empatou o total de medalhas (69 a 70).

Já os EUA vão em ritmo bastante inferior. Têm quase a metade dos ouros da última edição (24 a 46) e cerca de 60% dos pódios (73 a 121).

É fato que o atletismo, esporte que dá muita medalha e no qual os EUA têm domínio histórico, ainda está em curso. Mas a comparação com o mesmo ponto dos Jogos passados mostra que os americanos aparecem mesmo menos competitivos (24 ouros contra 28, e 73 medalhas contra 84).

Nesse altura da Rio-16, os EUA lideravam com folga tanto no número de primeiros lugares quanto no pódios. Agora, a China figura bastante à frente nos ouros (32 a 24) e acabou a terça-feira próxima no total (69 a 73).

A Gracenote, empresa de dados que costuma fazer previsões olímpica, ainda estima que os americanos acabarão à frente dos chineses nos dois critérios, com margem apertada nos ouros (37 a 36).

O quadro de medalhas mostra até aqui um deslocamento do topo olímpico para o lado do Pacífico. Os cinco primeiros colocados no quadro de ouros são países da região, algo que não acontecia desde 2004. Grã-Bretanha e Alemanha, que costumavam aparecer nessa faixa, por ora estão ambas fora. Japão e Austrália estão bem mais fortes do que na Rio-16.

O Brasil tem o mesmo número de ouros (3) e mais medalhas no total (14 a 11) do que na mesma altura dos Jogos do Rio. A colocação no quadro de medalhas é ligeiramente inferior —18º contra 15º, pelo critério de ouros.