O empresário Philip Klein, 31, desistiu de interditar judicialmente o pai, Saul Klein. Em petição apresentada à Justiça, na qual solicitou a extinção do processo, Philip, que é neto do fundador das Casas Bahia, Samuel Klein, afirmou que o pai lhe prometeu parar de dilapidar o patrimônio da família.
A promessa foi feita, segundo o relato de Philip, “numa longa e produtiva conversa” que ocorreu no final do ano passado, após a Justiça determinar que Saul, 66, fosse submetido a uma perícia psicológica.
Na petição, Philip reafirmou que o pai estava destruindo o patrimônio e que, se a situação assim perdurasse, Saul se tornaria inadimplente, “comprometendo a sua manutenção na velhice”.
Philip contou que em 2009 Saul tinha uma fortuna de mais de R$ 1,5 bilhão, mas que, para sua surpresa, como candidato a vice-prefeito em São Caetano na eleição do ano passado, declarou à Justiça eleitoral possuir “somente” R$ 61 milhões.
A defesa de Saul Klein, que também pediu a extinção do processo de interdição à Justiça, afirmou que a ação é uma “aventura jurídica”.
No documento encaminhado à 2ª Vara da Família de Barueri, não menciona a promessa de controlar os gastos, mas diz que o filho do empresário estava “arrependido do erro” de ter pedido a interdição do pai.
Saul é acusado de, desde 2008, aliciar e estuprar 14 mulheres em festas em sua casa, em Alphaville.
Os advogados do empresário negam que ele tenha cometido tais crimes e dizem que o empresário é vítima de um grupo organizado que se uniu com o objetivo de enriquecer ilicitamente às suas custas.
Segundo a defesa de Saul, o empresário é um “sugar daddy”, termo que descreve homens que têm o fetiche de sustentar financeiramente mulheres jovens em troca de afeto e sexo.O Ministério Público investiga o caso.
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