Sandro Macedo

Formado em jornalismo, começou a escrever na Folha em 2001. Passou por diversas editorias no jornal e atualmente assina o blog Copo Cheio, sobre o cenário cervejeiro, e uma coluna em Esporte

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Sem Neymar, PSG busca vaga; e isso não é 'Feitiço do Tempo'

Brasileiro ficou de fora mais de cem jogos desde que chegou a Paris, em 2017

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Termina melancolicamente mais uma temporada de Neymar no Paris Saint-Germain. A contusão sofrida na partida contra o Lille, em 19 de fevereiro, foi mais grave do que aparentava e sua equipe anunciou que o camisa 10 passará por uma cirurgia no tornozelo —será operado no Qatar, claro, que é o dono do time.

Assim, Neymar está fora do PSG no jogo decisivo contra o Bayern de Munique, nesta quarta (8), pela Champions League —dane-se o Francesão, com todo respeito.

E esta não é primeira vez que o querido leitor e a querida leitora se deparam com a angustiante frase. Neymar já ficou fora de jogos decisivos da Champions pelo PSG quase tantas vezes quanto Bill Murray se matou em "Feitiço do Tempo". É um "Groundhog Day" da bola sem fim para o jogador mais habilidoso do Brasil deste século.

Neymar torce o pé no jogo contra o Lille pelo Campeonato Francês - Franck Fife - 19.fev.23/AFP


Perdi as contas de quantas vezes Neymar se contundiu com alguma gravidade pelo atual clube, mas não foram poucas. O brasileiro já ficou de fora de mais de cem jogos da equipe desde que chegou a Paris, em 2017.

Curiosamente, a notícia do fim da temporada de Neymar chega dois dias depois de Mbappé se tornar o maior goleador da história do PSG, com 201 gols. O recorde veio na vitória por 4 a 2 contra o Nantes, neste sábado (4).

Com 200 gols, o uruguaio Cavani é agora o segundo colocado. Neymar é o quarto da lista, com 118, atrás também do sueco Ibrahimovic, que fez 156.

Mbappé e Neymar chegaram praticamente juntos ao time, mas o francês jogou 247 vezes, contra 173 de Ney. O brasileiro foi contratado para ser o grande líder do projeto que tinha como objetivo dominar a Europa —dane-se o Francesão, com todo o respeito. Mas o PSG fez apenas uma final, e perdeu, justamente quando o brasileiro conseguiu se manter inteirão em toda a fase decisiva. O algoz daquela vez foi o mesmo Bayern que pode encurtar a Champions da equipe de Paris, novamente.

Neymar após sofrer a torção - Christian Hartmann - 19.fev.23/Reuters

Neymar não só viu Mbappé fazer história na artilharia como também perdeu para ele a liderança no projeto europeu. Agora o brasileiro é apenas o cara que completa o trio de ataque —o companheiro principal de Mbappé é Messi, que ainda não conquistou a Taça Guanabara, o Torneio de Wimbledon e um título na NBA (esse eu quero ver!).

E o que seria melhor, ou pior, para Neymar (pensando na administração de sua carreira na França)? Se o PSG conseguir a virada e a vaga heroica contra o Bayern, em Munique (perdeu de 1 a 0 em Paris), pode significar que o brasileiro realmente não é tão importante. E ele estará liberado para sair.

Caso o PSG seja eliminado, torcida e imprensa podem —e vão— elencá-lo entre os culpados, por sempre ficar ausente na hora H. É um mato sem cachorro. Enquanto isso, o Chelsea parece interessado em trazer o brasileiro para a Premier League. Talvez seja realmente bom para o brasileiro, aos 31 anos, mudar de ares e deixar sua marca na principal liga do mundo… antes que Messi resolva ganhar lá também.


Acréscimos, lá e cá
Em Sergipe, no Batistão, o Botafogo fez um gol no último lance, para desespero do time da casa. Dois dias depois, em Londres, o Arsenal fez um gol no último lance, para deleite do time da casa. Lá como cá, o gol foi além dos acréscimos.

Lá como cá, os times que se defendiam fizeram cera (ou wax?) dentro dos acréscimos e não têm do que reclamar.

Mas lá tudo acabou civilizadamente, apenas com festa. O derrotado Bournemouth, que pode ser rebaixado, aceitou o resultado.

Cá, o juiz foi perseguido pelo presidente e outros integrantes da delegação do Sergipe. O mandatário só sossegou quando levou uma bandeirada (do bandeirinha) na cara. Parece que nos falta alguma coisa…

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