Sandro Macedo

Formado em jornalismo, começou a escrever na Folha em 2001. Passou por diversas editorias no jornal e atualmente assina o blog Copo Cheio, sobre o cenário cervejeiro, e uma coluna em Esporte

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Descrição de chapéu São Paulo Campeonato Paulista

Semana de Carpini vale mais do que a do São Paulo

Treinador pode carimbar a carteira de trabalho até o meio do ano, ou mais

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A ciranda de técnicos nunca foi tão globalizada como nos últimos dias. Tudo começou com José Mourinho, demitido da Roma e, até a conclusão desta coluna, desempregado.

Depois teve Jürgen Klopp, demitente do Liverpool ao fim da temporada —demitente significa aquele que se demitiu ou abandonou as funções… fui pesquisar. E, para terminar, Xavi também avisou que deixará o Barcelona. No caso de Klopp, tem um pouco, ou muito, de estafa. No caso de Xavi, tem um pouco, ou muito, de time medíocre, para os padrões do Barcelona. É o tal do "vou sair antes que piore".

Com essas vagas e esses nomes no mercado, a boataria de treinador vai rolar solta nos próximos meses. Já colocaram Xabi Alonso, do Bayer Leverkusen, no Liverpool (parece que vai); e Arteta, do Arsenal, no Barcelona (parece que não vai). Em nenhum dos boatos internacionais você ouvirá o nome de Tite. Esse bonde-trem-barco passou, vazio. Tite deve ficar algum tempo no Rio, onde o calor extremo já provocou frases como "o Carioca é o Estadual mais forte do Brasil".

O calor do Rio de Janeiro parece estar afetando Tite - Ricardo Moraes - 8.nov.23/Reuters

Mas aqui no nosso mundinho já temos problemas com treinadores de time grande, leia-se, Mano Menezes no Corinthians. O professor está penando com um esquadrão que não foi bem o combinado. Perdeu jogadores e ainda não recebeu reforços necessários. Soma-se a isso o fato de o míster ter se envolvido em pequenas polêmicas, que ficam maiores pela falta de resultado. Num dia, vira persona non grata em toda a Cuiabá; no outro, é cobrado por chamar Yuri Alberto de burro —não pega bem professor chamar aluno de burro.

Mas o nome da semana será o de Thiago Carpini, o homem que foi do Água Santa, subiu para a Série A com o Juventude, estava certo no Santos, foi sondado pelo Cruzeiro e, por fim, comanda o São Paulo.

Carpini não parecia o nome ideal para o time do Morumbi quando Dorival abraçou a seleção-cilada. Mas eis que, em apenas poucos dias, Carpini pode carimbar a carteira de trabalho até o meio do ano, ou mais.

Nesta terça, o desafio é contra o Corinthians, em Itaquera. Carpini tem a chance de entrar para a história e vencer onde todos falharam, incluindo Dorival, Rogério Ceni, Hernán Crespo, Fernando Diniz, Muricy e muitos outros.

E tem mais. No domingo (4), o São Paulo e Carpini encaram a primeira final do ano, pela Supercopa do Brasil, diante do Palmeiras, em Belo Horizonte. No resto do mundo, Supercopas são quase amistosos de luxo que valem um troféu. Aqui é mais tenso. E, apesar da história do "clássico é clássico", o Palmeiras não vai assumir em voz alta, mas é o favorito.

Para o São Paulo, não vencer o Corinthians (de novo) ou perder para o entrosado Palmeiras não deveria deixar sequelas.

Mas, para Carpini, em caso de vitória(s), o treinador muda de status. Não vai para o Barcelona, nem para o Liverpool, mas pode ter o seu tempo estendido no Morumbi.

O técnico Thiago Carpini comanda treinamento no São Paulo
O treinador Thiago Carpini tem uma semana importante pela frente - Divulgação

Que homens

Quem acompanha múltiplos esportes teve motivos múltiplos para sorrir no fim de semana. Na NBA, o laker LeBron James, contra o Golden State Warriors, bateu o recorde de rebotes de sua longa carreira. Aos 39 anos, pegou 20, além de registrar 36 pontos e 12 assistências. O último cara com pelo menos 30 pontos, 20 rebotes e 10 assistências foi um tal de Kareem Abdul-Jabbar, em 1976.

Já na final do Aberto da Austrália, o italiano Jannik Sinner, 22, tornou-se apenas o segundo homem nascido no século 21 a vencer um Grand Slam —o outro foi Carlos Alcaraz.

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