Sandro Macedo

Formado em jornalismo, começou a escrever na Folha em 2001. Passou por diversas editorias no jornal e atualmente assina o blog Copo Cheio, sobre o cenário cervejeiro, e uma coluna em Esporte

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Descrição de chapéu Olimpíadas 2024

Depois da torre, só dá Snoop Dogg

Snoop não é só um fã de esportes americanos, ele acompanha diferentes modalidades

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No dia da cerimônia de abertura, este escriba, em período menos humilde, estava assistindo a um programa olímpico na televisão francesa durante o almoço, ainda em casa. A discussão dos comentaristas era sobre quem seria a pessoa escolhida para acender a pira olímpica, segredo normalmente bem guardado.

Enquanto falavam, eis que em um corte ao vivo para mostrar quem estava conduzindo a tocha naquele momento surge ele, Snoop Dogg, mais conhecido como rapper americano, trotando com a tocha no alto de seus 52 anos muito bem vividos.

No dia seguinte, a Arena de la Défense trazia empolgantes provas de natação, incluindo finais. Em lugar privilegiado da plateia, lá estava ele, Snoop Dogg. "Come on Caeleb, you got it, baby. One, two, three, gold, gold, gold", gritava o rapper para Caeleb Dressel, que fechou o revezamento 4x100 m da natação e ganhou o ouro para os Estados Unidos.

Nesta segunda-feira (29), a segunda rodada de Roland Garros tinha cara de final, com a quadra Philippe Chatrier lotada para ver o querido espanhol Rafael Nadal contra o anti-herói sérvio Novak Djokovic.

Um homem sentado em uma arquibancada, usando óculos escuros e uma jaqueta com cores e símbolos olímpicos. Ele está sorrindo e com a mão no peito, enquanto observa o evento. Ao fundo, uma mulher está parcialmente visível.
Snoop Dogg acompanha qualificação da ginástica artística durante os Jogos de Paris - Loic Venance - 28.jul.24/AFP

Como era de se esperar, Nadal não teve pernas para suportar o jogo do rival sob um sol de 427ºC em Paris. O que ninguém esperava era ver Snoop Dogg ao lado da lenda Billie Jean King, gesticulando com os braços, como se estivesse mostrando algum movimento de jogo, usando uma camiseta estampada com a cara da tenista Coco Gauff. Sim, parecia que Snoop estava tentando dizer algo sobre tênis que Billie não sabia.

Não passou muito tempo e a Place de la Concorde, que não fica exatamente perto de Roland Garros, era o palco das finais do skate street masculino. Um macaron para quem adivinhar quem estava no Parque Urbano: isso mesmo, Snoop Dogg.

Snoop não é só um fã de esportes americanos, ele acompanha diferentes modalidades com bons comentários, sempre no seu suíngue particular. Ele está na Olimpíada como integrante da equipe do canal NBC, papel que já desempenhou antes. Suas intervenções com atletas do time americano, disponíveis em sua conta no Instagram, são sempre divertidas, como o quadro "Snoop Meets Team USA".

No estúdio, já deixou suas impressões sobre como Steve Kerr está montando a seleção de basquete dos EUA, destacando a atuação de Kevin Durant. Seus comentários para os highlights dos Jogos, na bancada dos apresentadores, são impagáveis, ao seu estilo. O tipo de leveza que faz a diferença.

Em número de aparições relâmpago, Snoop já superou Samuel L. Jackson na franquia "Vingadores" ou Rebeca Andrade no espaço publicitário. Só não dá para ganhar da torre Eiffel nos Jogos, mas ele chega perto.

Nem na Casa da Sérvia

Sabendo que Nadal teria a torcida da Espanha, da França e de boa parte do resto do mundo, este escriba resolveu fazer uma corajosa incursão à Casa da Sérvia, no Parque das Nações, e ver pelo menos um lugar em que estariam gritando por Djokovic.

Foi uma pequena decepção.

O espaço estava longe de estar lotado. O auditório com telão para cerca de 70 pessoas estava ocupado por menos de 20 torcedores. E, pasmem, três espanhóis estavam lá, fazendo mais barulho que os 17 não espanhóis (não sei se sérvios). Ousadia pura que não foi recompensada.

Entre o primeiro e o segundo set deu tempo de correr para o Terraço dos Jogos, uma fan zone instalada na frente do Hôtel de Ville, com toda a torcida pró Nadal —exceção a uns cinco "citoyens" gritando nos pontos do Djokovic.

Foi o segundo adeus de Nadal a Roland Garros, dois meses depois do primeiro. Mas ainda temos as duplas.

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