Qual foi a razão de Guardiola escalar Fernandinho no lugar de Rodri, que tem jogado bem há bastante tempo? Seria porque era o aniversário de Fernandinho ou seria por algum motivo tático ou técnico, que desconheço. Às vezes, não dá para acompanhar a eficiente inventividade de Guardiola. Fernandinho teve uma boa atuação na vitória por 2 a 0 sobre o PSG, pela Liga dos Campeões.
Neymar fez alguns belos lances, mas não foi suficiente nem decisivo. A eliminação não diminui em nada seu magistral talento.
O primeiro gol do City nasceu de um passe longo, preciso, calculado e treinado do goleiro Ederson, o que não é raro.
O time inglês mostrou, mais uma vez, sua principal evolução tática, a de atacar e se defender muito bem.
Antes, a equipe avançava e deixava muitos espaços na defesa. Hoje, sofre pouquíssimos gols. É um time de ataque e de contra-ataque, como no segundo gol, também de Riyad Mahrez. É um time do passado, do presente e do futuro.
Nesta quarta (5), Chelsea e Real Madrid, em Londres, decidem a segunda vaga na final. O time inglês confia no melhor conjunto e na leveza, juventude e velocidade da equipe. O Real aposta na tradição vencedora, no talento e na experiência de vários jogadores, como Courtois, Kroos, Modric, Benzema e Casemiro. Vinícius Júnior é uma esperança, mas depende dos grandes espaços para correr e driblar.
Equilíbrio
Na vitória do América sobre o Cruzeiro, por 2 a 1, pela semifinal do Campeonato Mineiro, houve, como era esperado, equilíbrio coletivo e individual. Isso é animador para o Cruzeiro, que vai disputar a Série B do Brasileiro. O América é da Série A e tem um time formado há mais tempo.
Os limites das coisas
Os torcedores do Manchester United, estimulados pelo sucesso dos protestos contra a tentativa de criarem uma Superliga da Europa, invadiram o gramado do estádio, antes da partida contra o Liverpool, que teve de ser adiada. A revolta era contra a ganância e a administração autoritária dos donos, que comandam o clube desde 2005, e a falta de respeito aos valores locais e à história do clube.
A animosidade já existia há muito tempo, mas estava adormecida pelos títulos e pelas contratações. A tentativa de criar a Superliga, com o apoio dos donos do clube, foi a gota d’água. Os protestos devem se ampliar para outros clubes ingleses e de toda a Europa.
Um grande número de pessoas, em todo o mundo, ainda não percebeu que aumentaram os descontentes, que não suportam mais o mercantilismo abusivo nem a corrupção, embora, no Brasil, os espertalhões têm sido protegidos pela destruição do combate à corrupção.
Assim como não há uma estrutura tática ideal de jogo para todos os times, não existe um modelo de administração que seja o melhor. Uma solução, usada pelos alemães, especialmente pelo Bayern, é a de vender a grandes empresas menos de 50% das ações.
A maior parte das ações e a administração seguem com o clube.
A solução não está nos extremos. É preciso impor limites à ganância dos investidores e combater as ditaduras políticas e econômicas.
Logo após a Revolução Russa, espalhou-se pelo mundo a ideia de que a solução econômica e social estava no comunismo, na igualdade de todos. Na época, a psicanálise já tinha um grande prestígio.
Perguntaram a Freud o que ele achava do novo mundo, e ele disse que não tinha futuro, pois contrariava o narcisismo, a ambiguidade, as ambições e os desejos humanos de evoluir, de se destacar e de ser diferente.
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