Vaivém das Commodities

A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP.

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Mesmo com crise, consumo mundial de café sobe

Na avaliação do Usda, serão consumidos 168 milhões de sacas na safra 2022/23

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Apesar de uma esperada perda de ritmo da economia mundial, o consumo internacional de café deverá subir para 167,9 milhões de sacas na safra 2022/23. Se confirmado, esse volume superará em 700 mil sacas o da safra anterior.

Os números são do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que aponta também uma melhora nos estoques mundiais.

A estimativa, divulgada nesta terça-feira (20), prevê estoques mundiais de 34,1 milhões de sacas. O volume supera os 32,6 milhões da safra anterior, mas fica abaixo dos 38 milhões de 2020/21.

várias xícaras de café, uma ao lado da outra
Amostras de café são preparadas para prova em fazenda produtora em Franca (SP). - Igor do Vale/Folhapress

Os destaques no consumo são União Europeia, Estados Unidos e Brasil. Juntos vão absorver 91,5 milhões de sacas.

Entre os importadores, os destaques são a União Europeia, que vai adquirir 44,5 milhões de sacas, e Estados Unidos, que deverão comprar 24,8 milhões.

O Brasil fornecerá 40% do café a ser comprado pelos europeus e 30% do volume a ser adquirido pelos norte-americanos.

O Usda revisou a produção brasileira para 62,6 milhões de sacas na safra 2022/23, acima da anterior, mas ainda abaixo dos 69,9 milhões de sacas de 2020/21.

Por ser um ano de bienalidade positiva —de safra maior—, se esperava uma produção mais elevada, mas as geadas de junho e de julho de 2021, e o período de seca a seguir, afetaram a produtividade.

A produção de arábica, que chegou a 49,7 milhões de sacas em 2020/21, outro ano de bienalidade positiva, deverá ser de 39,8 milhões nesta safra no Brasil, segundo os cálculos do Usda.


União Europeia A confiança dos produtores agrícolas em suas atividades vem caindo desde o segundo semestre do ano passado, segundo pesquisa das cooperativas do setor.

Motivos Aumento dos custos, principalmente os gerados por fertilizantes e pela energia, juros elevados e seca desanimam os produtores europeus.

Soja O plantio no Paraná atingiu 100%, e as condições das lavouras são 90% boas. Outros 9% estão em situação média e 1% em estágio ruim, segundo o Deral (Departamento de Agricultura do Paraná).

PIB O Produto Interno Bruto do agronegócio caiu 4,28% no acumulado de janeiro a setembro, em relação a igual período anterior. A pecuária teve redução de 0,24%, e o setor agrícola, de 5,7%.

PIB 2 Os dados são do Cepea e da CNA, que apontam uma redução da participação do agronegócio na economia total do país para 25%. No ano passado, era de 27%.

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