Após uma forte aceleração nos últimos anos, parte dos produtos agrícolas perdeu força no campo no ano passado e teve redução de preços.

Um deles foi o arroz. Negociado a R$ 77,56 no Rio Grande do Sul em 2021, a saca recuou para R$ 62,80 na média de 2022, segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).

A queda seria ainda maior não fosse o ritmo acelerado das exportações. Os preços externos e a demanda mundial favoráveis deram competitividade ao cereal brasileiro.

O milho, após a reposição dos estoques brasileiros com a safrinha de 2022, também caiu. No ano passado, o valor médio da saca foi de R$ 88,2, abaixo dos R$ 91,8 de 2021.

Naquele ano, geada e seca haviam provocado uma quebra próxima de 20 milhões de toneladas na safra de inverno, em relação às previsões iniciais de produção.

O Cepea, que faz pesquisa diária de preços agrícolas, registrou queda também nos valores médios da carne suína. Embalados pela demanda chinesa, os produtores elevaram a oferta da proteína no mercado.

A recomposição do rebanho da China e a consequente importação menor pelos chineses elevaram os estoques brasileiros, provocando a queda de preços.

Apesar dessas retrações, os valores médios de negociações dos preços dos produtos agrícolas de 2022 ainda são bem superiores aos de 2018 a 2020.

Os valores atuais do arroz ainda superam em 58% os de 2018; os do milho, em 129%; e os da carne suína, em 80%.

Outros produtos também perderam o ritmo de alta no final de 2022, mas ainda mantêm valores superiores aos de anos anteriores.

Nos cálculos do Cepea, a saca de soja subiu para R$ 189 no Paraná no ano passado, um valor médio recorde e 124% acima do de 2018.

Boi gordo e frango, ao contrário de suínos, mantiveram preços em ascensão em 2022, mas em ritmo menor.

Café e trigo, após a disparada de valores, perderam o ritmo de alta no final do ano. Os preços atuais, no entanto, ainda superam em 240% e em 122%, respectivamente, os de 2018.

Aposentadoria O pesquisador Evaristo de Miranda, com quatro décadas de trabalho na Embrapa, se aposentou. Fez parte da Embrapa Semiárido, Embrapa Meio Ambiente e Embrapa Territorial.

Trabalhos É autor de 1.300 artigos científicos e de 50 livros. Um dos livros, "A Geografia da Pele", faz um relato muito divertido do período de pesquisa na região semiárida do Níger, no Norte da África.

Alimentação Em busca de novas opções de alimentos, a União Europeia liberou a comercialização de Acheta domesticus, desde que em pó e parcialmente desengordurado.

Alimentação 2 O novo alimento nada mais é do que um grilo-doméstico em pó. As autoridades de segurança alimentar da UE advertem, no entanto, que o alimento pode causar reações a quem é alérgico a crustáceos e moluscos.

Alimentação 3 Os insetos já fazem parte do cardápio de pelo menos 2 bilhões de consumidores no mundo. Ricos em proteínas e, em geral, sem gorduras, podem ser formigas, gafanhotos, escorpiões e outros.