Um texto inédito de Caio Fernando Abreu acaba de ser descoberto por sua irmã, Márcia de Abreu Jacinto, e entregue à agente Lucia Riff, responsável pelo espólio do autor.
O poema escrito em junho de 1989 revela Caio F. em um momento de leveza e alegria bucólica. Estava hospedado numa fazenda no Rio Grande do Sul, para onde tinha ido de São Paulo para conhecer sua sobrinha, Laura, que acabara de nascer.
"No meio do silêncio e do verde, a presença de Deus fica mais clara. Essa luz ilumina os porões da mente, desfaz o mofo, espanta os fantasmas. Com cuidado, chamo a isso de ‘felicidade’. Ela pousa, muito leve, no telhado desta casa", diz o texto.
ESTRANHA FORMA DE VIDA Falando em autores LGBT mortos precocemente, a editora Ercolano se prepara para lançar a obra completa do goiano Hugo de Carvalho Ramos, que morreu aos 26 anos em 1921, mas escreveu literatura sólida o suficiente para ganhar a admiração de Mário de Andrade e Monteiro Lobato. O escritor ficou conhecido pelos contos de "Tropas e Boiadas", definidos como uma espécie de incursão baudelairiana pelo sertão de Goiás.
VIDA DE FORMAS E a Edusp acaba de inaugurar a coleção Prismas, que dedica livros inteiros à análise minuciosa de uma obra de arte pertencente a coleções brasileiras. Com coordenação de Jorge Coli, colunista deste jornal, a série começou com estudos sobre Amilcar de Castro, feito por Flávio Moura, sobre Vincent van Gogh, por Felipe Martinez, e Rodolfo Amoedo, por Sonia Gomes Pereira. Serão objetos de edições futuras artistas como Hélio Oiticica, Édouard Manet, Pedro Américo e Edgar Degas.
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