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Suspeito de canibalismo diz que é 'esquizofrênico desde jovem'
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DANIEL CARVALHO
DE SÃO PAULO
"Esquizofrênico desde jovem, nunca deixou de seguir sua estrada. Uma estrada árdua, cheia de altos e baixos, mas que nunca o desanimou". É assim que Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, 51, se vê.
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E foi assim que ele se definiu no livro "Revelações de um esquizofrênico", onde conta em detalhes como matava, esquartejava e comia mulheres que "uma entidade" apontava como "do mal".
A Polícia Civil já identificou três vítimas, mas o número pode ser maior.
Nas 48 páginas registradas no Cartório de Notas de Garanhuns, Silveira diz que é filho de imigrantes portugueses e nasceu em Recife.
A polícia afirma que ele morou em Olinda e tem pelo menos uma passagem pela cidade de Conde, na Paraíba, onde registrou como sua a filha de uma das vítimas.
É casado com Isabel Cristina Torreão Pires da Silveira, 51, há pelo menos 30 anos.
Há pouco mais de dez anos, conheceu Bruna Cristina Oliveira da Silva, 25. No livro, Jorge diz que a jovem o "atacou" com um beijo. Desde então, a "linda mulata" é sua amante. A mulher, diz ele, aceitou que a garota morasse com os dois.
Jorge apresenta-se como ex-professor de educação física da UPE (Universidade de Pernambuco), ex-professor de caratê, escritor, ator, autor, compositor e músico.
A uma TV local, disse que não se considera louco e que parou de tomar remédios controlados na adolescência, por conta própria.
Reprodução | ||
Reprodução de trecho do livro "Revelações de um esquizofrênico", que conta sobre crime |
Durante 20 anos, treinou caratê na Escola Kawamura, em Recife. Chegou à faixa preta e passou, então, a ajudar novos alunos.
"Era um rapaz normal. Não era agressivo. Tinha amigos. Era um rapaz bom", disse à Folha o dono da academia, Hayashi Kawamura, 75.
Kawamura diz que ele não frequenta o local há 12 anos, desde que conheceu Bruna.
Hayashi se considerava próximo de Jorge e diz que nunca imaginou que ele fosse capaz de matar alguém.
O dono da academia também diz conhecer Isabel. De acordo com o mestre, a mulher do amigo fazia salgadinhos e os vendia na praia, em bares e padarias de Olinda.
A última notícia que se tem dos quitutes de Isabel é que, em Garanhuns, eles eram recheados com carne humana.
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