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Consolação é liberada após Parada Gay; grupo se concentra no centro
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DE SÃO PAULO
A rua da Consolação (região central de São Paulo) foi liberada ao tráfego por volta das 20h30 deste domingo, depois da Parada Gay. A via permanecia fechada para limpeza, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). A avenida Paulista também já foi liberada.
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Após a dispersão, parte do público se concentra em bares na região do largo do Arouche e praça da República.
Os participantes da 16ª Parada Gay de São Paulo começaram a ocupar a Paulista pela manhã. O primeiro trio começou a desfilar por volta das 13h20, e o último entrou na Consolação por volta das 16h. Uma hora depois, os participantes já deixavam a região, e os garis começavam a limpeza.
Não houve registro de incidentes durante o desfile, que teve como tema "Homofobia tem Cura: Educação e Criminalização".
Boa parte dos atendimentos médicos ocorreu devido ao consumo excessivo de bebidas.
FESTA
"[A Parada] não é só festa, as pessoas precisam se manifestar politicamente. O público gay tem uma maneira divertida e peculiar da fazer política", disse Thiago Torres, 30, produtor da APOGLBT (Associação da Parada do Orgulho GLBT), que organiza a Parada.
Enquanto muitos criticam o que consideram uma despolitização da Parada Gay, o deputado federal Jean Wyllys (PSOL) discordou das críticas e defendeu a importância política da festa. O evento foi realizado neste domingo em São Paulo.
"Eu discordo dessa crítica [da despolitização]", afirmou o deputado. "Quando as pessoas cobram mais politização da parada, elas estão recorrendo a figuras políticas mais tradicionais. Mas a simples exibição dos modos de vida e a celebração do orgulho GBLT, isso já é política", disse.
O ex-ministro dos Esportes Orlando Silva concordou com o deputado. "Não é uma bagunça, é uma celebração", afirmou. "Pelo menos durante um dia, uma parte importante da sociedade, que geralmente fica na sombra, ocupa a cidade."
FANTASIA
O público fantasiado foi uma atração à parte. Eram gueixas, baianas, misses e sósias de celebridades que desfilaram e pararam diante de dezenas de máquinas fotográficas dos curiosos na avenida Paulista.
Alguns participantes investiram até R$ 1.000 na produção, como o bailarino José Roberto Cruz, 39. Ele saiu de Niterói (RJ) para participar pela primeira vez do evento em São Paulo, com figurino de Michael Jackson.
Moradores da região reclamaram do lixo e do barulho, mas muitos também aproveitaram para se divertir.
"Tem orelhão quebrado, muito lixo. O barulho também atrapalha bastante, principalmente para a minha avó e a minha filha, que não conseguem dormir", disse a vendedora Maria Helena Saba, 29. Sem descanso, ela chamou dois amigos gays para acompanhar a Parada Gay da varanda do seu apartamento.
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