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27/09/2012 - 00h14

Affonso Ávila (1928-2012) - Paixão por Minas marcou poeta

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DE SÃO PAULO

Parecia não ter limite a curiosidade intelectual de Affonso Ávila. Poesia, jornalismo, ensaios, pesquisas históricas, política cultural --a tudo isso, quase sempre ao mesmo tempo, ele dedicou seus 84 anos de vida.

Leia sobre outras mortes

O poeta de Belo Horizonte iniciou a carreira nos anos 1950, ao editar a revista "Vocação" e lançar o livro "O Açude" (1953).

O interesse pelos movimentos de vanguarda o levaria a travar contato, nos anos 1960, com o grupo de poesia concreta de São Paulo.

Em 1962, foi um dos colaboradores da revista "Invenção", dirigida pelos irmãos Campos, Haroldo (1929-2003) e Augusto, entre outros.

No ano seguinte, ao lado do poeta Affonso Romano de Sant'Anna, organizou a Semana Nacional de Poesia de Vanguarda na Universidade Federal de Minas Gerais.

Na poesia, Ávila deixou títulos como "Carta do Solo", (1961), "Código de Minas" (1969) e "Cantigas do Falso Alfonso el Sábio", que venceu o Prêmio Jabuti em 2007.

Em todos, é forte a presença de seu Estado, do qual nunca saiu. "Ele era avesso a viagens. Tinha um temperamento tipicamente mineiro", diz Carlos, um de seus filhos.

A paixão pela terra natal não se limitou aos versos. Ávila foi um dos principais pesquisadores do barroco mineiro e dedicou diversos livros ao tema.

Teve forte atuação na área do patrimônio cultural e foi um dos fundadores do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas.

Ávila sofria de enfisema pulmonar e teve uma parada cardíaca ontem. O poeta deixa cinco filhos e oito netos.

coluna.obituario@uol.com.br

 

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