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29/09/2012 - 00h00

Vicente de Paula Salvia (1942-2012) - Vitché, um compositor de trilhas

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ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Vicente de Paula Salvia, o Vitché, fez duas vezes o primeiro ano do curso de engenharia. Ao segundo ano ele não chegou, pois desistiu antes. Passou a maior parte do tempo tocando violão na faculdade, como lembra a família.

Seu negócio era mesmo a música. Bem cedo, com apenas nove anos, Vitché foi colocado com o irmão para cantar no programa "Clube Papai Noel", da rádio Difusora.

Quem incentivava a carreira artística era a mãe, cantora lírica "de chuveiro" -porque o marido, marceneiro, não a deixava cantar fora de casa.

Aos 11, o paulistano começou a estudar piano. Com o tempo, seria um multi-instrumentista: tocava, entre outros, violão, trombone e flauta.

Quando jovem, trabalhou em banco e fez os desastrosos dois anos de engenharia, mas desistiu e foi viver da música.

Na década de 60, entrou para o programa "Jovem Guarda", da TV Record, e tornou-se um dos Wandecos, músicos que acompanhavam Wanderléa. Era tecladista do grupo.

Nos anos 70, estudou composição em Viena e, de volta ao Brasil, teve aulas com Camargo Guarnieri. Em 1977, foi tecladista e regente da banda de Roberto Carlos.

Nos últimos anos, trabalhou com publicidade e compôs trilhas para filmes como "Terra Estrangeira" (1996) e "Pelé Eterno" (2004).

Era desbocado e piadista, mas também atencioso e amoroso, como conta a família.

Morreu no domingo (23), aos 69 anos, de complicações de um câncer de pulmão. Teve três filhos, três enteados e três netos. A missa do sétimo dia será amanhã, às 10h, na igreja Nossa Senhora de Fátima, em São Paulo.

coluna.obituario@uol.com.br

 

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