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23/12/2012 - 00h02

Orestes Golanovski (1939-2012) - Orestes, O+, doou sangue 187 vezes

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ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

No fim dos anos 60, uma grávida de Canoinhas (SC) teve uma hemorragia. Orestes Golanovski, que costumava doar sangue, foi então chamado ao hospital. Precisaram, porém, de mais sangue, e ele saiu em busca de outros doadores. Quando conseguiu alguém, a pessoa quis cobrar.

Revoltado, Orestes, O+, doou outra vez. A grávida teve o filho, mas morreu logo depois. Ali, jurou que nunca mais um paciente morreria na cidade por falta de sangue.

Suas primeiras doações começaram no período em que fazia o serviço militar no Rio.

Quando voltava para Canoinhas e via que precisavam de sangue, ia para o hospital. Sem banco de sangue, esperava as cirurgias serem feitas.

Orestes trabalhou como soldador mecânico e teve fábrica de móveis, loja de confecções e mercado. Aposentou-se há dez anos, com comércio de frutas e legumes.

Em 1991, fundou a Adosarec (Associação de Doares de Sangue da Região de Canoinhas) e, desde então, transportou mais de 20 mil doadores para outras cidades --já trouxe dois ônibus a São Paulo, como conta o filho Silmar, no projeto que batizou de Turismo do Sangue. Nessas viagens, fazia panfletagens.

Ao completar a idade limite de 65 anos, teve de se afastar das agulhas --havia doado cerca de 90 litros de sangue em 187 idas ao hospital. Num evento de uma federação internacional de doares, foi considerado o maior do mundo.

Chegou a se eleger vereador em Canoinhas, pelo PMDB, após cinco tentativas.

Morreu na sexta (14), aos 73 anos, devido a um câncer de pulmão. Teve três filhos, sete netos e uma bisneta.

coluna.obituario@uol.com.br

 

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