A cearense Ana Fonseca foi um dos mais importantes nomes da leva de acadêmicos da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) que ocupou cargos executivos no governo federal durante o primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Historiadora egressa do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas da instituição, ela integrou os quadros da administração pública ao lado da ex-presidente Dilma Rousseff e do diretor-geral da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), José Graziano.
Foi fundamental na concretização de um dos carros-chefes do governo do petista.
Em 2003, foi chamada para analisar programas federais em andamento, como o Bolsa Escola, o Bolsa Alimentação e o Vale Gás. Do seu trabalho, resultou o Bolsa Família, que unificou os benefícios e eliminou discrepâncias decorrentes de sua multiplicidade.
Ela tinha experiência no riscado: assessorou as gestões de José Roberto Magalhães Teixeira (PSDB), em Campinas, e de Marta Suplicy (PT), em São Paulo, a implantar programas de renda mínima naquelas cidades.
Da coordenação do Bolsa Família, foi promovida para a secretaria-executiva do Ministério de Desenvolvimento Social, onde ficou em 2004.
Depois da experiência no governo federal, foi analista em organizações da ONU, como a FAO e o Pnud (Programa das Nações Unidas o Desenvolvimento).
Morreu no último domingo (25), aos 68 anos. Em nota, Lula lamentou a morte da “acadêmica nascida no Nordeste que ajudou a criar o maior programa de transferência de renda do planeta”.
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