Descrição de chapéu tragédia dos sem-teto

Após desabamento, Covas anuncia mapeamento de risco em invasões

Levantamento da Defesa Civil deve ocorrer em até 45 dias

Artur Rodrigues
São Paulo

O prefeito Bruno Covas (PSDB) anunciou que a Defesa Civil fará mapeamento do risco em 70 prédios invadidos em São Paulo, em um prazo de 45 dias. A medida ocorre após o incêndio e desabamento de um prédio invadido na madrugada desta terça (1º), no centro da cidade.

"A Defesa Civil vai fazer um levantamento nos 70 prédios que estão ocupados, que estão invadidos na cidade de São Paulo, para a gente verificar que ações precisam ser tomadas, se há alguma ação emergencial que precisa ser feita por conta de risco desses 70 prédios", disse Covas. 

Além disso, outros cinco prédios nos arredores foram interditados. A prefeitura vai analisar se eles podem ser liberados ou se precisarão passar por reforma. 

Covas afirmou ainda lamentar o ocorrido. "Acho que ninguém está contente com a situação que temos hoje. Estamos com uma sensação de que talvez a gente pudesse ter feito alguma coisa para evitar. Mas de qualquer forma a gente tem a tranquilidade do dever cumprido", disse. 

Ele disse ainda que "o importante hoje não é ficar apontando se a responsabilidade é sua ou é dele, o importante hoje é o atendimento às famílias e verificar de que forma a gente não vai mais cometer erros como esse aqui na cidade".

O prefeito repetiu que a gestão atual fez seis reuniões com os moradores da ocupação. De acordo com a Secretaria Municipal da Habitação, a cidade ofereceu 12 meses de bolsa-aluguel para que os moradores deixassem a ocupação.

O secretário da Habitação, Fernando Chucre, afirmou que a prefeitura tem preferido resolver amigavelmente casos de ocupações de prédios, já que este meio pode ser mais rápido do que uma tentativa de reintegração de posse. 

Covas não quis comentar as declarações do ex-prefeito João Doria (PSDB), de que haveria uma resistência às ações da prefeitura no local devido à presença do tráfico no local. Chucre, porém, afirmou que houve resistência no início, mas que não há informação de que houvesse a presença do tráfico ali. 

O Ministério Público afirmou que vai reabrir investigação sobre a situação do prédio, arquivada após apresentação de laudos de que não haveria risco no local. A prefeitura afirmou que vai trabalhar em conjunto com o órgão, para verificar o que aconteceu em relação a essa documentação.

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