Buscas em prédio que desabou em SP acabaram, diz governador

Márcio França afirmou que recuperação da área será responsabilidade da prefeitura

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São Paulo

O governador de São Paulo, Márcio França (PSB), afirmou que as buscas no local do desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida, no centro de São Paulo, acabaram neste domingo (13). Segundo ele, não há mais expectativa de encontrar vítimas da tragédia.

"O máximo que a gente pode fazer do ponto de vista de profundidade [das escavações] é esse", afirmou. Ele acrescentou que a identificação de novas vítimas seria muito difícil.

O governador de São Paulo, Márcio França, vistoria as buscas na área em que prédio desabou no largo do Paissandu
O governador de São Paulo, Márcio França, vistoria as buscas na área em que prédio desabou no largo do Paissandu - Divulgação

Na sexta-feira, 11 dias após o incêndio, os bombeiros já haviam descartado a chance de localizar pessoas com vida sob os escombros.

França e o secretário da Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho, participaram, durante a manhã deste domingo, de uma homenagem aos bombeiros que atuaram no combate ao incêndio da madrugada do dia 1º de maio e nas buscas por vítimas.

"Foram 1.700 homens que trabalharam esses dias todos. Foi um trabalho muito difícil, constrangedor, porque todo mundo queria que não tivesse nenhuma vítima. Mas tem que enaltecer que o trabalho deles permitiu, que a gente salvasse muito mais vidas do que aquelas que foram vitimadas", disse o governador após a homenagem.

 

Foram localizados os corpos de Ricardo Galvão, que era resgatado pelos bombeiros quando o prédio desabou, e do confeiteiro Francisco Lemos Dantas. A polícia também identificou entre as vítimas gêmeos de 10 anos que estavam com a mãe no prédio. Ela e mais três vítimas estão entre os desaparecidos da tragédia.

FUTURO

De acordo com o governador, a prefeitura ficará responsável pelas reparações na área, que pertence à União. O procedimento, agora, é cobrir o buraco para estabilizar o terreno, detalhou.

Ele afirmou que prédios próximos ao Wilson Paes de Almeida, que estão interditados, poderão ser demolidos. 

"A prefeitura vai estudar a questão dos prédios laterais. Três estão interditados, talvez alguns não possam ficar aí", afirmou.

Bruno Covas (PSDB), prefeito de São Paulo, viajou para Nova York e não participou do evento.

As famílias que moravam no prédio seguem acampadas no Largo do Paissandu. O governador repetiu que elas têm direito a receber o aluguel social, pago pela prefeitura, no valor de R$ 1.200 no primeiro mês e parcelas de R$ 400 por um ano. As vítimas consideram o benefício insuficiente.

O INCÊNDIO

Segundo a polícia, um curto-circuito no quinto andar, provocado por excesso de aparelhos ligados em uma tomada foi a causa do fogo no prédio. No local havia quatro pessoas: marido, mulher e duas filhas. 

O desabamento provocou ainda a interdição de cinco imóveis em seu entorno, sendo quatro prédios e a igreja. Segundo a Defesa Civil, todos os bloqueios são totais e não há previsão de liberação. Não foi encontrado risco iminente de colapso em nenhum deles, mas eles seguem monitorados pelo órgão.

Também estão interditados a igreja, no número 34 da av. Rio Branco; um prédio, no largo do Paissandu, 132; e um edifício estreito da Antônio de Godói, que ficou com marcas das chamas em sua fachada. Essa última construção conta como duas interdições por ter duas numerações (8 e 26).

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