Imagens de 2015 mostram danos visíveis em prédio que desabou

Fotógrafo visitou invasão e registrou a precariedade das instalações

Edifício Wilton Paes de Almeida já mostrava danos em 2015
Edifício Wilton Paes de Almeida já mostrava danos em 2015 - Plínio Hokama Angeli - 12.abr.15

O fotógrafo Plínio Hokama Angeli entrou no edifício Wilton Paes de Almeida, que desabou após incêndio na terça (1º), em março e abril de 2015.

As imagens abaixo são resultado dessas visitas e mostram os danos já visíveis nas paredes e nas moradias improvisadas no local. As habitações eram delimitadas por divisórias de madeirite, e em algumas delas havia fogões com botijões de gás e ligações elétricas improvisadas. 

Conta o fotógrafo: “Na época já dava para perceber os danos no edifício, em algumas paredes era possível ver marcas de escavações para a retirada da fiação de cobre, efeitos da umidade nas paredes e partes do teto já caídos ou pendurados”.

O morador Ricardo, mais conhecido como Tatuagem, foi quem guiou as visitas de Plínio pelo local. Na terça, o rapaz desapareceu após o edifício desabar enquanto ele era resgatado pelos bombeiros. Uma mulher e seus dois filhos gêmeos também estão desaparecidos.

O Ministério Público Federal também já havia recomendado, em novembro de 2017, a reforma estrutural do prédio, que é tombado, apontando o precário estado de preservação da construção, a “quase total ausência” de sistemas de proteção contra incêndio e o bloqueio de rotas de fuga.

O documento citava relatórios anteriores do Corpo de Bombeiros e da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento, afirmando que as instalações elétricas não atendiam às normas técnicas, tendo sido feitas uma série de improvisações, inexistindo equipamentos de prevenção e combate a incêndio.

 
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