Casos de febre amarela põem cidades do litoral paulista em alerta no feriado

Quem ainda não se vacinou deve, ao menos, passar repelente e evitar áreas de mata

William Cardoso
São Paulo | Agora

O registro de mortes por febre amarela em cidades do litoral paulista põe em alerta quem pretende passar o feriado de 7 de Setembro nas praias.

Quem ainda não se vacinou deve, ao menos, passar repelente e evitar áreas de mata, a exemplo de locais com cachoeiras e córregos.

Até 17 de agosto, cinco cidades do litoral paulista haviam registrado casos da doença, segundo o balanço da Secretaria Estadual da Saúde, da gestão Márcio França (PSDB). 

No total, houve 18 casos, com 8 mortes. A cidade com mais registros foi Ubatuba, no litoral norte: 11 doentes e três mortos.

Também houve registros em Itanhaém (um caso e uma morte), Guarujá (um caso e uma morte), Peruíbe (dois casos e uma morte) e São Sebastião (três casos e duas mortes).

Desde o início do ano, foram encontrados 16 macacos mortos por febre amarela nas cidades de Ubatuba, Peruíbe, Itanhaém, São Sebastião e Caraguatatuba.

Segundo o coordenador de controle de doenças da Secretaria Estadual da Saúde, Marcos Boulos, os macacos mortos no inverno indicam que o vírus ainda está em circulação pelo litoral, não estando restrito ao verão, quando é mais comum. “Tem que vacinar, não tem história. O verão promete ser de muitos casos, se as pessoas não estiverem protegidas”, afirma.

Segundo Boulos, só 70% da população do estado está protegida pela vacina. Na Grande SP, esse percentual cai para algo em torno de 55% a 60%. 

“Parece pouco razoável as pessoas não quererem se vacinar mesmo diante de uma doença que é fatal”, diz.

 A vacina deve ser tomada dez dias antes da viagem ao local de risco. Por isso, neste feriado, a alternativa é se prevenir com repelente.

As prefeituras de Ubatuba, Guarujá e Itanhaém disseram que se mobilizam contra a doença. São Sebastião e Peruíbe não se manifestaram até a conclusão desta edição.

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