Doria assume Governo de SP com ações para cortar gastos e extinguir estatais

Medidas fazem parte de pacote de enxugamento da máquina prometido pelo tucano

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São Paulo

Assim que assumiu nesta terça-feira (1º) o Governo de São Paulo, João Doria (PSDB) assinou medidas com o objetivo de extinguir estatais e cortar gastos no estado. As ações fazem parte de um amplo projeto de enxugamento da máquina pública, revelado pela Folha ainda em novembro.

A primeira ação do tucano foi assinar um projeto de lei que permite ao estado extinguir, fundir ou incorporar Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.), Prodesp (Companhia de Processamento de Dados do Estado), CPOS (Companhia Paulista de Obras e Serviços), Emplasa (Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano), Imprensa Oficial e Codasp (Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo).

CPOS, Emplasa e Codasp se tornarão uma única empresa, administrada por Nelson Antonio de Souza, ex-presidente da Caixa Econômica Federal.

O secretário da Fazenda de Doria, Henrique Meirelles (MDB), afirmou ainda que, nos próximos dias, deve ser detalhado um pacote de privatizações para o estado de São Paulo.

Doria também assinou seis decretos, que visam ações como redução de gastos e cancelamento de contratos vigentes. Um dos decretos estabelece que, em 2019, terão de reduzir em 15% as despesas com remuneração e 30% aquelas relativas a horas extras.

Doria fará uma reavaliação de licitações, e todos os contratos com valores superiores a R$ 10 milhões terão de ​passar por uma aprovação prévia do Palácio dos Bandeirantes. 

Nesta terça-feira (2), Doria fará sua primeira reunião com o secretariado no Palácio dos Bandeirantes. O tucano abriu mão de morar no palácio. Ele seguirá residindo em sua casa no Jardim Europa, também na zona oeste de São Paulo. 

Ele não será o primeiro governador a preferir morar fora do palácio. Antes, Paulo Maluf, em 1979, e Alberto Goldman, em 2010, tomaram a mesma decisão. Seu antecessor, Geraldo Alckmin (PSDB), morou no palácio durante o mandato. 

No governo, como a Folha mostrou nesta terça-feira, Doria terá à frente uma série de obstáculos, nas privatizações, segurança, mobilidade e educação.

Tirar do papel parcerias e desestatizações prometidas na campanha estão entre os principais desafios de Doria. “Eu acredito que em dez dias teremos a lista completa das empresas a serem privatizadas e ações de desestatização também, tirando atividades que não precisariam ser feitas por algumas empresas”, disse Meirelles, o secretário da Fazenda de Doria. 

Além das privatizações, Doria deve dar ênfase à segurança pública, área em que enfrentará a maior facção criminosa do país e um alto índice de crimes patrimoniais.

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