Planalto defende que morte de músico no RJ seja 'rapidamente elucidada'

Porta-voz do governo disse que presidente confia na Justiça Militar e no Ministério Público Militar

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Brasília

O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rego Barros, afirmou nesta terça-feira (9) que o presidente espera que o fuzilamento de um músico no Rio de Janeiro seja "rapidamente elucidado".

Em entrevista à imprensa, ele se referiu à morte de Evaldo Rosa dos Santos, morto por forças militares, como um "incidente" e disse que o presidente confia na Justiça Militar e no Ministério Público Militar para esclarecer a tragédia.

O carro que levava a família do músico foi atingido por mais de 80 tiros. O Exército determinou na segunda-feira (8) a prisão em flagrante de 10 dos 12 militares envolvidos no assassinato. A investigação identificou inconsistências entre a história contada pela equipe militar e informações posteriores.

Evaldo Rosa dos Santos, músico morto em ação do Exército no Rio
Evaldo Rosa dos Santos, músico morto em ação do Exército no Rio - Reprodução/Facebook

"O Exército e as Forças Armadas não compartilham com o equívoco dos seus integrantes, mas, por óbvio, precisa que seja feita uma apuração mais correta e justa", disse. "A questão referente ao incidente com a morte do cidadão eu repito: o Comando Militar e o Exército estão apurando os eventos em um inquérito policial", acrescentou.

Segundo ele, o presidente solicita que a tragédia seja "o mais rapidamente elucidada".  A investigação está a cargo do Exército, mas o delegado Leonardo Salgado, da Delegacia de Homicídios da Polícia Civil, afirmou que não há nenhum indício de que os ocupantes do carro fossem bandidos ou que tivessem reagido à abordagem dos militares. 

"O presidente confia plenamente na Justiça Militar e no Ministério Público Militar para a conclusão mais rápida possível deste inquérito e nós que tenhamos o caso totalmente elucidado", disse o porta-voz.

Segundo o Comando Militar do Leste, a equipe militar realizava um patrulhamento regular no perímetro de segurança da Vila Militar, que fica próxima ao bairro onde ocorreu o assassinato.

O Rio de Janeiro não se encontra mais sob intervenção federal na segurança pública desde o fim do ano passado. Também em dezembro teve fim uma operação de GLO (Garantia da Lei e da Ordem), decretada pelo ex-presidente Michel Temer, que dava poder de polícia às Forças Armadas.

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