Um acidente entre um ônibus e ao menos outros cinco veículos deixou dez pessoas mortas e 51 feridas na noite deste domingo (9), na região de Campos do Jordão (SP).
A ocorrência foi registrada no km 31 da rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro. O ônibus era de turismo e levava um grupo que fazia excursão na cidade serrana do interior paulista de volta para Cubatão (SP).
Segundo o Corpo de Bombeiros, oito adultos e duas crianças morreram no acidente. Os feridos foram levados para hospitais de Pindamonhangaba, Taubaté e Campos do Jordão. Cerca de 19 carros dos bombeiros foram deslocados para atender a ocorrência.
Ainda não se sabe o motivo do acidente. Informações preliminares repassadas pelos bombeiros indicam que o motorista do ônibus, aparentemente sem freio, teria perdido o controle da direção, batido em outros cinco veículos que passavam pela rodovia e em seguida capotado.
Por causa do acidente, a rodovia ficou interditada em ambos os sentidos durante a madrugada, sendo liberada somente às 5h50 desta segunda (10).
O ônibus pertence à Brasil Santana Transporte, de Praia Grande, no litoral paulista. A reportagem da Folha procurou a empresa, que não quis se posicionar sobre o acidente.
Segundo informações da Agência Brasil, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que as informações preliminares apontam que o ônibus não tinha as condições de segurança necessárias para trafegar.
"Tudo indica que o ônibus não estava em condições adequadas para fazer a trajetória, subindo uma serra de 1,8 mil metros e na sua descida perdeu freio", disse, após participar de congresso na capital paulista.
Ainda segundo Doria, o ônibus perdeu o controle na descida e arrastou os demais veículos. A ocorrência policial foi registrada em Taubaté.
Há três anos, o estado de São Paulo teve outra tragédia envolvendo falha nos freios de um ônibus em mau estado. Em 8 de junho de 2016, 18 pessoas morreram quando um ônibus com estudantes tombou na Mogi-Bertioga. O veículo era fretado pela Prefeitura de São Sebastião para fazer o trajeto até a Universidade de Mogi das Cruzes.
Reportagem da Folha de 2018 mostrou que, segundo os sobreviventes, os problemas de segurança persistiam.
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