O economista, professor universitário e vice-presidente do Pros (Partido Republicano da Ordem Social) do Maranhão, José Celso Veras da Costa, gostava tanto do silêncio que o utilizava como uma forma de expressão.
O filho Hermano Lobato da Costa, 43, conta que a família conseguia senti-lo através do olhar. Introspectivo? Sim, mas até certo ponto. O amor dos nove netos provocava uma mutação em seu temperamento. Eles despertavam o seu lado mais comunicativo e divertido.
Os momentos de lazer se entrelaçavam com a alegria de sair com os netos para comer hambúrguer ou quibe, seus pratos preferidos. Era o que mais gostava de fazer quando não estava em compromissos profissionais ou políticos.
Em casa, gostava de ouvir Belchior, Caetano Veloso e Ney Matogrosso.
A leitura e a história o acompanhavam sempre, mas Celso Veras --como era conhecido-- nunca gostou de falar sobre sua trajetória.
Em sua linha do tempo constam passagens importantes na política, como a fundação do PSB (Partido Socialista Brasileiro) no Maranhão e atuação no governo de Roseana Sarney, por exemplo.
Com a bola em campo, o coração de Celso Veras pertenceu ao Vasco, mas a torcida fervorosa era pela felicidade da família.
Recentemente, Hermano viajou a São Paulo e realizou o desejo de assistir a um jogo entre Flamengo e Corinthians, no Itaquerão (zona leste).
"Meu pai ficou tão empolgado com o fato que havia prometido ir comigo a um jogo do Flamengo até o final do ano", afirma.
Celso Veras morreu no dia 2 de agosto, aos 69 anos, de choque séptico.
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