Na corrida para se tornar o maior Carnaval do país, São Paulo bateu recorde no número de inscrições de blocos: foram 865 cordões cadastrados, que devem sair em 960 desfiles pela cidade em 2020, entre 15 de fevereiro e 1º de março.
É um aumento de 37% em relação ao ano passado, quando 699 blocos foram inscritos. Desse total, 20% desistiu de desfilar.
As informações são da Secretaria Municipal de Cultura, sob comando de Alexandre Youssef.
Neste ano, a prefeitura, sob gestão de Bruno Covas (PSDB), atendendo a pleito dos organizadores dos blocos, antecipou o planejamento do evento e abriu as inscrições mais cedo.
Entre os inscritos, 31 cordões declararam expectativa de público acima de 100 mil pessoas e 35 serão destinados ao público infantil. As subprefeituras com maior procura foram a da Sé, no centro, Pinheiros, na zona oeste, e Vila Mariana, na zona sul.
As regras previstas para a folia do próximo ano incluem o desligamento do som elétrico até 19h e a dispersão total do público até 20h.
Com o processo de inscrição encerrado, uma comissão fará a análise dos trajetos propostos, vendo detalhes como condições da via, proximidade de hospitais e dimensões dos trios. Caso seja necessário, o órgão pode pedir ajustes aos responsáveis pelos blocos. No final do processo, será publicada uma portaria única com as autorizações para desfile.
A prefeitura ainda trabalha para que, em outubro, seja feito o chamamento público de empresas interessadas em patrocinar o Carnaval de rua paulistano de 2020.
A festa na cidade virou um dos maiores negócios do país e passou a rivalizar em estrelas, foliões e patrocínio com Rio e Salvador, atraindo a atenção de marcas e ganhando status entre profissionais do ramo.
Segundo levantamento da empresa municipal de turismo SPTuris, o evento nas ruas da capital paulista movimentou R$ 550 milhões em 2018 —75% a mais que os R$ 314 milhões no ano anterior.
Em 2019, os 556 desfiles nas ruas de São Paulo, que misturaram do afoxé ao punk, deixaram para trás a festa do Rio, que teve 498 cortejos registrados oficialmente.
Salvador e Recife, porém, ainda reinam, com 615 desfiles na capital baiana e quase 580 na pernambucana.
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