O secretário especial de Comunicação da Prefeitura de São Paulo, Marco Antonio Sabino, deixou seu cargo na gestão Bruno Covas (PSDB) após pouco mais de um ano. Segundo Sabino, que saiu a pedido, sua relação com o prefeito “é a melhor possível”.
Covas, que se trata de um câncer no sistema digestivo, vinha adiando mudanças planejadas no seu gabinete por causa do tratamento, iniciado em outubro.
O prefeito tucano não se licenciou do cargo para o tratamento e mantém a sua candidatura à reeleição para outubro de 2020.
O substituto de Sabino deve ser Marcus Vinicius Sinval, que foi assessor de Comunicação na gestão de Gilberto Kassab (2006-13).
Além de Sabino, deixam o cargo também a secretária de Direitos Humanos, Berenice Gianella, que será substituída pela secretária-adjunta, Claudia Carletto, e o de Tecnologia e Inovação, Daniel Annenberg, que cede lugar a Juan Quirós.
Com as mudanças, Covas faz uma série de acenos a nomes de peso do partido, pensando no seu projeto para 2020. Covas trabalha para que não haja divisões dentro do PSDB, o que poderia fazer com que parte da sigla não se engajasse na sua campanha ou que até contestasse a reeleição.
Carletto, por exemplo, é próxima da senadora Mara Gabrilli (PSDB), e Quirós, do governador João Doria, em cuja gestão como prefeito presidiu a SP Negócios.
No caso de Sabino, pessoas no entorno do prefeito apontam descontentamento com fato de Covas estar inaugurando muitas obras e projetos, sem retorno proporcional na área da comunicação.
Na semana passada, o engenheiro Miguel Calderaro Giacomini, ligado ao PSC, assumiu a pasta do Turismo. A gestão também deve emplacar na presidência da Prodam um nome ligado ao Podemos, partido do tio de Covas, Mario Covas Neto.
Mais trocas na gestão devem acontecer nas próximas semanas.
A doença do prefeito tornou nebuloso o cenário eleitoral municipal. Além da multiplicidade de nomes mencionados para a corrida sucessória, comum nessa época do calendário de pré-campanha, não está claro ainda se a necessidade de cuidados poderá afetar a presença de Covas no palanque, por exemplo.
A extensão e a intensidade de seu tratamento devem ficar mais claros na próxima semana, quando os médicos avaliarão o efeito das três sessões de quimioterapia às quais o tucano se submeteu e definir a próxima etapa.
Por isso, o nome de seu vice, ainda indefinido, e os apoios costurados dentro do partido tem se mostrado estratégicos. Entre os cotados, estão Celso Russomanno (PRB) e Joice Hasselmann (PSL).
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