O governador João Doria (PSDB) anunciou nesta quarta-feira (18) um pacote de prevenção ao coronavírus que inclui recomendação para fim dos cultos e missas em igrejas a partir do próximo dia 23 e gratuidade na conta de água para famílias pobres.
Doria tem dado entrevistas coletivas diárias. Na quarta, por exemplo, anunciou fechamento de shoppings e academias.
Agora, na linha de recomendação do Ministério Público, afirmou que os locais poderão continuar abertos para orações, respeitando distância entre os fiéis de no mínimo três metros. “A medida não significa o fechamento de templos ou espaços de orações”, disse.
O governador afirma que não sofreu objeção das diferentes denominações religiosas e incentiva cultos feitos de maneira virtual.
O tucano também anunciou gratuidade para pessoas carentes na conta de água da Sabesp. Um total de 506 mil serão beneficiados a partir do dia 1º de abril.
“São as famílias de menor renda, as mais prejudicadas pela crise econômica. Esta tarifa não será cobrada em abril, maio e junho, exatamente das famílias mais vulneráveis no estado de São Paulo”, afirmou o governador.
Outra medida anunciada neste sentido é a não cobrança de dívidas estaduais pelos próximos meses. Pessoas físicas e empresas terão prazo estendido de 90 dias antes do protesto de dívidas Procuradoria Geral do Estado.
O tucano afirmou que fechou um acordo com Associação Paulista de Supermercados para venda de álcool em gel sem margem de lucro.
O acordo é válido para todo o estado paulista. De acordo com Doria, a medida vale a partir de segunda (23). Os produtos só serão comercializados sem margem de lucro nos mercados. Ele afirma esperar conseguir fechar um acordo similar com redes de farmácias.
O evento contou com a presença de Bruno Covas (PSDB), que, pré-candidato, vinha preferindo dar dar entrevistas exclusivas para veículos de TV com grande audiência.
Durante a coletiva, o governador e o prefeito afirmaram que as férias de servidores da educação serão adiantadas. No governo estadual, a medida afeta 150 mil professores. Na capital, 80 mil educadores.
Doria criticou medidas que afetam a circulação de pessoas, como a suspensão do serviço de ônibus no ABC, classificada por ele como "precipitada". "Interromper, cessar transporte público, vai impedir pessoas que trabalham em hospitais, farmácias, supermercados de chegar ao seu destino de trabalho", disse.
Ele pediu a governantes para não fechar aeroportos, rodoviárias e sistemas de transporte.
Questionado pela Folha sobre medidas para evitar contágio nos trens do metrô e da CPTM, ele afirmou que houve redução de circulação e que os veículos estão sendo higienizados com maior frequência. Covas teve fala parecida sobre os ônibus da capital paulista.
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