O artista plástico Silvio Pleticos sempre gostou de desenhar. Órfão desde criança, foi criado por freiras. A infância e adolescência foram difíceis. Sílvio chegou a passar fome e a comer papel.
Já na idade adulta, conheceu um fotógrafo. Foi ele quem percebeu o talento de Silvio para as artes e o incentivou a aprimorá-lo.
Silvio nasceu em Pula, Itália, em região que hoje faz parte da Croácia. Chegou a Florianópolis em meados dos anos 1960, após passar por Ribeirão Preto (a 313 km de SP), Passo Fundo e Porto Alegre (RS).
Por trás da beleza da arte estava um homem honesto, decente, simples e muito fácil de fazer amizades.
“Ele gostava de conversar com as pessoas e serviu de inspiração a muitos artistas catarinenses. Silvio ajudava o próximo e sempre compartilhou seus métodos com todos”, diz a esposa, a contadora e professora Liliana Janco Pleticos, 85.
A carreira foi longa. Além do sucesso, dela fizeram parte dedicação, trabalho e estudo. Silvio recebeu muitas homenagens, entre elas a medalha de mérito Anita Garibaldi, pelo governo de Santa Catarina.
Silvio estudou na Itália e na Croácia. Ministrou aulas de desenho e pintura em escolas da Iugoslávia e no Brasil.
Como gostava de pesca submarina, segundo Liliana, o peixe era um dos elementos presentes em algumas de suas obras, tanto que era conhecido como o artista dos peixes.
Silvio estudava os antigos, os modernos e os contemporâneos. Conhecia muitas técnicas, entre elas as de Leonardo da Vinci, Michelangelo, Van Gogh e Picasso.
Uma insuficiência respiratória aguda causada por pneumonia o tirou do cenário da arte. Sílvio Pleticos morreu dia 9 de março, aos 95 anos, quando seu estado de saúde se complicou.
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