O jornalista e escritor Lauro Freitas Filho era metódico e linear em suas convicções. Na juventude, por exemplo, já sabia que teria filhos com nomes compostos e um seria mulher, chamada Karla com K.
Tantas outras certezas da época devem ter vedado seus olhos temporariamente para a assistente social Quitera Maria Freitas, hoje com 63 anos.
Ambos frequentavam o mesmo grupo de amigos, no bairro carioca de Rio Comprido, mas se relacionaram amorosamente com outras pessoas, até que um dia ficaram juntos.
Da união, nasceram a professora Karla (com K) Adriane Freitas, 34, e a engenheira Marcella Thaís Freitas, 32. Lauro e Quitera ficaram 37 anos casados.
Lauro valorizava a família e a educação. Por isso, fez de tudo para que as filhas estudassem nos melhores colégios.
Fluminense fanático, tinha o futebol em primeiro lugar do ranking de preferência esportiva, mas outras modalidades também chamavam sua atenção.
A poesia que sabia escrever tão lindamente estava presente em tudo: na generosidade, no esforço que fazia para ajudar o próximo e no seu dia a dia.
Atualmente, era editor-chefe do jornal Monitor Mercantil, onde trabalhava desde 1988. Ao longo da carreira, editou publicações de entidades de classe e empresas.
Criou o jornal Agito da Galera, distribuído em dias de jogos importantes no Maracanã nos anos 1990.
De muitos projetos, atualmente pesquisava a área esportiva para identificar atletas que pudessem ter suas histórias contadas.
Uma semana antes de morrer, confidenciou à esposa o desejo de montar uma editora virtual para quando se aposentasse do jornalismo.
Em 2017, colaborou com o livro “MMA, além de uma paixão”, do mestre Carlão Barreto, árbitro nas principais competições de MMA do Brasil.
Lauro Freitas Filho morreu em 28 de março, aos 61, de insuficiência respiratória aguda. Deixa a esposa e duas filhas.
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