O gigantismo na genialidade e o olhar indomável para as questões sociais marcam a definição do jornalista Renan Antunes de Oliveira.
Foi vencedor de prêmios importantes do jornalismo, como o Esso de Reportagem Nacional, com “A Tragédia de Felipe Klein”, publicada em 2004 no Jornal Já, de Porto Alegre.
Teve passagens pelas revistas Veja e IstoÉ, e pelos jornais Diário Catarinense, Gazeta do Povo e O Estado de S. Paulo. Também atuou em órgãos da imprensa alternativa e como assessor de imprensa de políticos da esquerda.
Renan nasceu em Nova Prata (RS), mas a profissão o obrigou a morar em outros locais, como São Paulo, Nova York e China, entre outros.
Quando pode escolher onde viver, abraçou Florianópolis (SC). A proximidade com os filhos e a natureza foram voto vencido para seu estabelecimento na cidade.
“Ele tinha amor pela verdade, pelo jornalismo de raiz. Ia até o fim pela pauta. Extremamente inteligente, humor afiado, carinhoso e parceiro. Queria combater as injustiças sociais e usou a ferramenta do jornalismo para fazer isso até o fim da vida. Que o seu legado fique para os jovens jornalistas que estão chegando, principalmente o olhar mais atento para o social”, afirma a sobrinha, a jornalista Edith Auler, 41.
No final do ano passado, Renan lançou em Porto Alegre (RS) a coletânea de reportagens “Em Carne Viva, com Calda de Chocolate”. Atualmente, publicava reportagens no Diário do Centro do Mundo, entre outros veículos para os quais colaborava.
Renan Antunes de Oliveira morreu dia 19 de abril, aos 71 anos, de parada cardíaca. Recentemente, havia passado por um transplante de rins e contraiu um vírus no pulmão.
O primeiro teste para coronavírus deu negativo. A família ainda aguarda o resultado do segundo. Renan deixa esposa, Blanca Rojas, e seis filhos.
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