Um dos maiores empresários da região Nordeste, o pernambucano Raymundo da Fonte, 99, morreu nesta quinta-feira (7) por complicações da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.
O empresário era o dono e fundador das Indústrias Reunidas Raymundo da Fonte, conglomerado com 2.700 funcionários e cinco fábricas espalhadas por Pernambuco, Ceará, Bahia, Pará e Rio de Janeiro.
A empresa atua na fabricação de cerca de 350 itens de limpeza, higiene pessoal e condimentos com marcas como Brilux, Sonho, Even e Minhoto. Produz anualmente 250 milhões de litros de água sanitária, 200 milhões de sabonetes, 70 milhões de litros de vinagre e 45 milhões de litros de amaciante.
Raymundo da Fonte fundou a sua primeira indústria em 1946, aos 25 anos, na cidade de Paulista, no Grande Recife. A primeira linha de produção foi de espirais que repelem mosquitos.
Nos anos 1960, passou a atuar no segmento de produtos de limpeza e, na década seguinte, entrou no ramo de alimentos.
Com a criação de novas marcas e indústrias, o grupo tornou-se um dos maiores conglomerados do Nordeste.
O empresário morreu em sua casa no bairro de Boa Viagem, em Recife. Deixa a esposa, oito filhos, 45 netos e 86 bisnetos.
O sepultamento, que aconteceu na noite desta quarta, foi restrito à família e seguiu os protocolos dos órgãos de saúde e vigilância sanitária.
Em nota, o grupo Raymundo da Fonte destacou a trajetória de seu fundador e a sua determinação no comando da empresa: “Os seus gestos de cuidado e carinho, além da sua sabedoria e fé na vida, formaram a semente germinada que até hoje dão frutos”.
O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), manifestou solidariedade à família e disse que o “estado perdeu um dos seus empreendedores mais expressivos”.
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