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Primeiro dia de 'lockdown' em Belém tem mercados cheios

PM montou barreiras para abordar cidadãos nas ruas; pessoas poderão ser multadas em R$ 150 a partir de 10 de maio

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Salvador

O primeiro dia do decreto de bloqueio total das atividades não essenciais em Belém contra o novo coronavírus tem sido marcado por ruas mais vazias, mas também por uma corrida a feiras e mercados da capital paraense.

Desde o início da manhã, moradores circulavam em mercados como tradicional Ver-o-Peso, que registrou um grande fluxo de pessoas. Nas principais avenidas do centro, contudo, o movimento de carros foi menor.

As feiras livres foram classificadas como atividade essencial pelo decreto. Mas o governo do estado prometeu controlar o acesso das pessoas com Polícia Militar e órgãos de fiscalização das prefeituras municipais.

O secretário de Segurança Pública do Pará, Ualame Machado, explicou que as feiras seguem em funcionamento “tendo em vista que, culturalmente, e até por necessidade, são o único ponto de compra em vários bairros”.

Ele explicou que será permitida a entrada de apenas um membro por família nas feiras e que todas as pessoas devem usar máscaras.

A Polícia Militar instalou 30 barreiras em Belém para abordar as pessoas que estavam nas ruas. Neste primeiro momento, a abordagem será apenas educativa, mas há previsão de multa de R$ 150 para quem descumprir as regras a partir do próximo domingo (10).

Já os estabelecimentos comerciais considerados não essenciais que abrirem as portas poderão ter que arcar com multa de até R$ 50 mil.


Além de Belém, outras nove cidades também foram incluídas no bloqueio total:Ananindeua, Marituba, Benevides, Santa Bárbara do Pará, Santa Izabel do Pará, Castanhal, Santo Antônio do Tauá, Vigia de Nazaré e Breves.

Estas dez cidades registraram um número de casos do novo coronavírus acima das médias estadual e nacional.

As medidas restritivas, que inicialmente valem até o dia 17 de maio, foram adotadas pelo governo do Pará e pelas prefeituras após o estado enfrentar uma escalada de casos da Covid-19.


O avanço dos casos pressionou o sistema de saúde local, que já tem 85% dos leitos de terapia intensiva ocupados.

Ao todo, o Pará tinha, até às 14h desta quinta-feira, 5.524 casos e 410 mortes pela Covid-19.

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