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Restaurantes e bares em SP esperam retomar atividade a partir de segunda, diz Covas

Setor propõe mesas a 1,5 metro de distância, mas também nas áreas internas, vetadas na próxima fase

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São Paulo

O prefeito Bruno Covas (PSDB) afirmou que a expectativa é que a cidade avance de fase na reabertura na sexta-feira (26), permitindo abertura de bares e restaurantes a partir de segunda (29).

A declaração foi dada em uma live nesta quarta-feira (24), do Itaú BBA. Os cálculos ainda eram feitos nesta quarta-feira para definir se a cidade seria alçada ao grau amarelo da reabertura, mas a maioria dos índices exigidos pelo governo João Doria (PSDB) já havia sido alcançada pela capital paulista ainda na última semana.

Em uma live do banco Itaú, Covas indicou que os locais devem ser reabertos. "Agora sexta-feira o governo do estado deve apresentar nova reclassificação das regiões e da cidade de São Paulo. A nossa expectativa é que cidade de São Paulo entre na fase 3, o que permite a reabertura seis horas por dia dos restaurantes aqui na cidade de São Paulo”, disse.

“Claro que eles nunca deixaram de funcionar, a maioria deles passou para entregar delivery. Isso significa que devem ter tido uma receita de 25%, 30% do que tinham. A gente sabe da dificuldade que foi para esse setor passar por todo esse período. A expectativa é que a partir de segunda-feira eles possam retomar a atividade, claro que assinando o protocolo com a prefeitura de São Paulo e já estamos trabalhando para isso”, acrescentou.

Todas as sextas, o governo anuncia o balanço, que inclui a reclassificação das cidades. Atualmente, São Paulo está na segunda fase (cor laranja), que permite a abertura de comércios e escritórios, com limitação a 20% da capacidade.

Dos cinco índices, ao menos quatro foram atingidos pela cidade: UTI (69,6% nesta semana), variação de casos (1,13), variação de internações (0,98) e taxa leitos para coronavírus por 100 mil habitantes (32,2). Na semana passada, quando foi feito o último balanço, a taxa de variação de óbitos (acima de 1, em 1,09) continuava a barrar a capital e as vagas de UTI ainda não haviam ficado abaixo de 70%, conforme o exigido.

A gestão Covas tem trabalhado nas minutas dos protocolos entregues por setores que podem ser abertos.

O setor de bares, restaurantes e hotéis, por exemplo, entregou proposta que prevê mesas com 1,5 metro de distância, cadeiras a um metro de distância, o que reduziria a capacidade dos locais em ao menos 50%.

A categoria enviou ao governo estadual nesta semana um ofício pedindo para que não haja exigência que o atendimento seja feito apenas em áreas externas, como prevê o Plano SP, que traz as diretrizes da abertura, para a fase amarela. Na avaliação do setor, isso excluiria a quase totalidade dos estabelecimentos.

O presidente da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) de São Paulo, Percival Maricato, afirma que é preciso que haja ao menos a partir de 40% da capacidade para que seja viável o funcionamento.

“Nós achamos internamente que é o setor mais bem preparado para trabalhar. Até porque a segurança alimentar é do cotidiano do restaurante”, disse. “Do ponto de vista econômico talvez seja o setor que mais precisa. E onde é que vão comer essas pessoas que estão indo trabalhar [em setores já reabertos]?”.

Maricato diz ainda que se trata do início da tentativa de retornar à vida para os restaurantes e bares, mas que isso dependerá principalmente de financiamentos que até o momento não foram disponibilizados.

Clubes

Clubes paulistanos também esperam obter autorização para reabrir até o fim do mês. O Esporte Clube Pinheiros, por exemplo, deve começar a distribuir cartilhas aos seus associados e já fez algumas adaptações.

De acordo com o site do Sindi Clube (que representa as entidades), já foi enviada proposta que prevê, entre outros pontos, flexibilização do horário de trabalho, redução de jornada aos funcionários ou home office, além de espaçamento entre os treinos para evitar aglomerações.

Consultado, o sindicato afirmou que haverá uma reunião com o governador no sábado (27) para encaminhamento do protocolo.A prefeitura afirmou que "recebeu as propostas de protocolo de reabertura dos clubes de entidades que estiveram com o prefeito Bruno Covas e secretários municipais".

A administração diz ainda que elas estão sendo analisadas de acordo com o estabelecido no decreto municipal.No dia 8 de junho, o prefeito atendeu o presidente do Sindi Clube (Sindicato dos Clubes do Estado de São Paulo), Paulo Movizzo, e presidentes de clubes tradicionais como o Hebraica e Paineiras.Sobre a reabertura de bares, a gestão Covas afirmando que " haverá divulgação e publicação em Diário Oficial das liberações, quando chegar o momento".​

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