Descrição de chapéu Obituário Ricardo Luís Nicola (1968 - 2021)

Mortes: Brilhou na vida acadêmica e foi companheiro da família

O professor Ricardo Luís Nicola deixa lembranças divertidas e solidárias

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São Paulo

As visitas à casa do professor universitário Ricardo Luís Nicola, 52, quando ele ainda era criança, fazem parte das melhores lembranças da professora Isis Stripari, de Jaú (a 287 km da capital paulista).

Os dois eram primos, e os pais dela foram escolhidos para serem os padrinhos de batismo do menino divertido e muito ligado aos familiares.

Nas datas especiais, como Natal e aniversário, Isis ia com os pais levar o presente comprado para Nicola. Ela adorava, porque ria muito do jeito "palhaço" do primo.

Professor do curso de jornalismo da Unesp em Bauru (a 330 km da capital paulista), Nicola tinha uma carreira acadêmica bem-sucedida. Os anos de estudo incluem o doutorado em multimeios pela Unicamp e o pós-doutorado pela Universidade de Toronto, no Canadá, além de cursos de extensão nos Estados Unidos.

De Jaú para o mundo, ele levou os pais sempre que possível para as viagens internacionais. Mas não apenas isso. Era o grande companheiro da mãe. Uma semana antes de morrer, a acompanhou na vacinação contra a Covid-19. A levaria para uma consulta médica no dia seguinte ao de sua morte.

foto de professor morto
O professor de jornalismo da Unesp em Bauru, Ricardo Luís Nicola - Redes sociais/Facebook

Amigos e familiares dizem que Nicola ainda tinha um longo caminho profissional a percorrer. Acreditam que seria um trajeto brilhante, pois uma das marcas dele era a sede por conhecimento.

"Ele tinha vontade de fazer acontecer", afirma a prima Isis.

Nicola era crítico da área de artes visuais da APCA (Associação Paulista de Críticos de Artes) desde 2014. A direção da associação declarou, em nota, estar consternada.

É a mesma sensação de alunos e ex-alunos que contaram com o bom humor do professor para superar as dificuldades da vida acadêmica.

"Certa vez, bem abatida, procurei acolhimento em sua sala e saí de lá gargalhando", revelou uma aluna, nas dezenas de homenagens feitas por meio das redes sociais.

Para Isis, além do jeito brincalhão, ele tinha "um coração gigante".

Nicola deixa a mãe, irmãos e dezenas de alunos e ex-alunos com histórias para contar sobre ele.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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