Descrição de chapéu Obituário Saulo Rabello Maciel de Barros (1958 - 2021)

Mortes: Na vida e na matemática, somou coerência e sensatez

Saulo Rabello Maciel de Barros era professor da USP, onde começou a vida acadêmica

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São Paulo

As idas ao Clube Paineiras do Morumbi, na zona sul da capital paulista, durante a juventude, quando a família era sócia, faziam parte das lembranças do professor Saulo Rabello Maciel de Barros.

Décadas depois, Barros abriu uma exceção na quarentena e voltou ao clube. Morreu dentro da quadra de tênis jogando com os filhos Tiago e Danilo. Ironia do destino, foi sua primeira saída na pandemia de Covid-19, afora a casa dos filhos e o sítio da família da esposa Karin-Anne.

Barros gostava de esportes, principalmente de praticar tênis e futebol. Assim como o seu pai, era torcedor do São Paulo. Na música, fã de Luiz Melodia.

Pai e ser humano exemplar, sempre priorizou a família. Tinha prazer em fazer churrasco para reunir familiares e amigos. Mesmo aparentemente introspectivo, relacionava-se bem com todas as pessoas.

“Ele não seguia as modas e o senso comum. Prezava pelo respeito, pela coerência e liberdade de pensar e agir e tinha bom relacionamento com quem não compartilhava das mesmas opiniões”, diz o jornalista Rubem Barros, 57, seu irmão.

Saulo Rabello Maciel de Barros (1958-2021)
Saulo Rabello Maciel de Barros (1958-2021) - Arquivo pessoal

A vida acadêmica começou na USP. Em 1976, entrou em engenharia, mas meses depois trocou pela matemática aplicada. Na mesma instituição cursou mestrado e o doutorado concluiu na Universität Bonn, na Alemanha.

Atualmente, era professor associado do Departamento de Matemática Aplicada do IME (Instituto de Matemática e Estatística) da USP.

Amigo desde o início da década de 1990, o professor do IME-USP, Clodoaldo Grotta Ragazzo, ressalta suas qualidades como docente. “O Saulo era muito habilidoso, paciente para explicar o conteúdo aos alunos, uma pessoa sensata, um avaliador duro, mas com bom senso”, diz.

Ele conta que Barros também desempenhou um papel importante como coordenador do curso de ciências moleculares da USP, que completará 30 anos. Durante a celebração, ele será homenageado.

Saulo morreu no dia 11 de julho, aos 63 anos, após sofrer uma parada cardíaca. Deixa a esposa Karin-Anne, os filhos Guilherme, Tiago, Marina e Danilo, a neta Luísa e os irmãos Angela e Rubem.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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