Descrição de chapéu Coronavírus

SP antecipa para oito semanas o intervalo para aplicação da segunda dose da Pfizer

Medida passa a valer em todo estado a partir desta sexta-feira (24)

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São Paulo

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta quarta-feira (22) a antecipação do intervalo para a aplicação da segunda dose da vacina Pfizer.

Com isso, a partir desta sexta-feira (24), o intervalo passará a ser de oito semanas, e não mais de doze, como acontecia até agora.

Assim, todas as pessoas que tomaram a primeira dose de Pfizer há pelo menos 8 semanas podem ir se vacinar nos postos do estado a partir desta sexta, mesmo que o cartão de vacinação indique uma data posterior.

De acordo com o governo estadual, 6,9 milhões de pessoas que iriam completar o esquema vacinal até o fim do ano vão ser beneficiadas pela medida.

O imunizante da Pfizer é o único liberado até agora para a vacinação de adolescentes, população-alvo para receber a primeira dose neste momento no estado.

João Doria fala em frente a microfone
Governador de São Paulo, João Doria, anuncia medidas de vacinação a cinco estados - Carla Carniel - 16.ago.2021/Reuters

O anúncio foi feito no Instituto Butantan, na capital paulista, durante a divulgação da venda de 2,5 milhões doses da Coronavac para cinco estados, após o fim do contrato do instituto com o Ministério da Saúde para o fornecimento das doses para o Plano Nacional de Imunização.

Os governadores do Pará, Helder Barbalho (MDB), do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), do Piauí, Wellington Dias (PT), e do Ceará, Camilo Santana (PT), estiveram presentes no anúncio. O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), não foi ao anúncio e teve sua falta justificada por Doria.

O Pará irá receber 1 milhão de doses, Espírito Santo e Mato Grosso contrataram 500 mil doses cada, o Ceará adquiriu 300 mil e o Piauí, 200 mil. As doses serão enviadas a partir do início da próxima semana.

O governador Casagrande afirmou que o Espírito Santo irá ser parceiro do Instituto Butantan no estudo para uso da vacina em crianças de 3 a 11 anos. " Ainda não há liberação [no Brasil], mas a Coronavac já é utilizada para crianças e adolescentes em outros países", afirmou Casagrande.

Lotes suspensos

Também nesta quarta, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou o recolhimento dos lotes de Coronavac que haviam sido interditados por terem sido envasados em uma unidade da Sinovac sem inspeção da agência.

Ao todo, 12 milhões de doses, divididas em 25 lotes, tiveram o uso suspenso no início deste mês pelo mesmo motivo.

O governo do estado de São Paulo voltou a afirmar nesta quarta-feira que orientou o Butantan a recolher todas as doses contidas nos lotes questionados pela agência. “A interdição não significa a proibição de uso e nem a destruição das doses. Vamos aguardar a fiscalização nas unidades da Sinovac”, disse Doria.

Em seguida, o presidente do Butantan, Dimas Covas, anunciou a presença de representantes do Sinovac para falar sobre a efetividade da Coronavac.

“A qualidade dos testes aplicados nesses lotes não se discute. Esses lotes foram fabricados lá na Sinovac em uma unidade que nem existia quando a Anvisa esteve lá para fazer a fiscalização”, disse Covas.

​Ele afirmou que não está descartada a possibilidade de que essas doses suspensas pela Anvisa sejam doadas a outros países da América Latina. Há a possibilidade também das doses serem mandadas de volta para a China. “Há muitas pessoas que receberam as doses desses lotes sem nenhum problema”, completou.

"Não se discute a efetividade da vacina, mas a possibilidade de uso. Nós recebemos certificado da Vigilância Sanitária chinesa que aprovou a unidade onde os lotes foram fabricados", disse Covas.

"A Anvisa avaliou todos os documentos encaminhados pelo Instituto Butantan, dentre os quais os emitidos pela autoridade sanitária chinesa. Os documentos encaminhados consistiram em formulários de não conformidades que reforçaram as preocupações da agência quanto às práticas assépticas e à rastreabilidade dos lotes”, informou a Anvisa em nota.

O Instituto Butantan disse, em nota, que a medida anunciada pela Anvisa já havia sido determinada pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), há uma semana, com a substituição voluntária das doses interditadas.

Nesta segunda-feira (20), o Brasil atingiu 50,07% da população com mais de 18 anos com esquema vacinal completo contra a Covid. O dado leva em conta as pessoas que tomaram as duas doses da vacina ou o imunizante de dose única da Janssen.

Além disso, 90,25% da população com mais de 18 anos já tomou ao menos uma dose —ou seja, ou a primeira dose de alguma vacina ou o imunizante de dose única.

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