Descrição de chapéu Obituário Francisco Maranhão Piorski (1940 - 2021)

Mortes: Nas voltas da vida, encontrou a filha e parte de sua história

Neto de um imigrante polonês, Francisco Maranhão Piorski nasceu em Codó, no Maranhão, onde viveu até mais de 40 anos de idade

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São Paulo

Em 28 de dezembro de 2020, a vida presenteou Francisco Maranhão Piorski com uma filha, um genro e dois netos. A data marca o dia em que ele deu o primeiro abraço na jornalista Francilene Alves de Oliveira Piorski Nakagawa, 46, no Marcus Hyonai Nakagawa, 43, no João Hyonai, 13, e na Helena Junko, 10.

Fran, como Francilene é conhecida, viajou com a família a São Luís, no Maranhão, para encontrá-lo. Ela cresceu sem saber se o pai estava vivo.

O destino recorreu à tecnologia digital para unir pai e filha.

Francisco Maranhão Piorski (1940-2021) e a filha Francilene Alves de Oliveira Piorski Nakagawa
Francisco Maranhão Piorski e a filha Francilene Alves de Oliveira Piorski Nakagawa - Arquivo pessoal

Fran descobriu uma irmã pelas redes sociais. Através dela soube que a família de Francisco já estava a sua procura.

Francisco Maranhão Piorski nasceu em Codó, no Maranhão, a 290 km de São Luís, onde viveu até pouco mais de 40 anos de idade. Depois, mudou para a capital.

Neto de imigrante polonês, que veio ao Brasil para montar uma fábrica de tecido, Francisco tinha seis irmãos. Segundo Fran, tornou-se topógrafo e com o trabalho os ajudou na formação. Um deles, médico, chegou a cuidar de Fran quando criança.

Fran é fruto de um relacionamento entre Francisco e Helena Alves de Oliveira, já falecida. Como ele era casado não pôde assumi-la. Helena seguiu sua vida e criou a filha sozinha.

“Agora, a missão está cumprida. Tem coisas na vida que não se explicam, né?! São pra viver…”, diz Fran. Foi intenso. Estava fazendo uma adaptação para ter meu pai, mas eu o perdi”, completa.

Mesmo tendo vivido distante, os dois eram muito parecidos, segundo a filha. Dono de personalidade forte, Francisco era exigente, trabalhador e muito honesto.

Fran, o marido e os filhos foram bem acolhidos pela nova família. O novo encontro entre todos aconteceria em julho deste ano, mas a pandemia de Covid-19 fez com que adiasse a viagem, que aconteceu para a despedida, no velório.

Francisco faria 81 anos no dia 6 de setembro, mas morreu dia 14 de agosto. Deixa a esposa, três filhos e quatro netos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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