Descrição de chapéu Obituário Ana Carolina Azevedo Casemiro (1986 - 2021)

Mortes: Apaixonada por Paris e vinhos, era sensível e talentosa

Ana Carolina Azevedo morreu aos 35 anos, de câncer

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São Paulo

Com grandes amores e excelentes vinhos se constrói uma vida simples e extremamente relevante. Para a psicóloga Ana Azevedo, essa frase representa a filha Ana Carolina Azevedo Casemiro.

Durante 35 anos, Ana mostrou o quanto amou a vida. Quem a conhecia a considerava inteligente, criativa, sensível, e determinada. Sua maior alegria era a filha Joana, hoje com 11 anos.

Natural de São Gabriel (RS), Ana Carolina Azevedo ou Carol, como era chamada pelos familiares e amigos, nasceu para a comunicação.

Ana Carolina Azevedo Casemiro (1986-2021)
Ana Carolina Azevedo Casemiro (1986-2021) - Arquivo pessoal

Aos sete anos, começou a escrever o primeiro livro, “A Caneta que Anda”, que foi finalizado, mas não publicado. A obra infantil traz a história de duas canetas que se encontram numa biblioteca, descobrem que podem fazer muito mais do que ficarem olhando os livros e começam a escrever histórias.

Carol começou a trabalhar aos 17 anos com comunicação até se tornar assessora de imprensa do Sindimóveis (Sindicato das Indústrias do Mobiliário) de Bento Gonçalves. Teve passagens por rádios e veículos impressos.

Formada em jornalismo pela Universidade de Caxias do Sul e com dois títulos de pós-graduação, ela também editava o blog Culinarismo, onde escrevia sobre alimentação consciente.

Em setembro de 2019, Carol descobriu um câncer de mama já em estágio avançado. Em abril de 2020, fez mastectomia dupla. Mais para a frente, descobriu um segundo câncer, desta vez no fígado, com metástase em outros órgãos. Ela morreu dia 2 de outubro, aos 35 anos.

“Ela era uma pessoa consciente do seu papel como cidadã em seu exercício social, político, econômico e afetivo. Era responsável pelo ambiente em que estava inserido e coautora de todas as propostas que abraçava”, diz a mãe Ana Azevedo.

Carol falava da doença de modo sensível. Narrou o universo da oncologia, suas necessidades e a captação de recursos.

Em 2020, foi embaixadora do Outubro Rosa em uma campanha da Hope de Bento Gonçalves (RS). A ação arrecadou verba para a compra de um equipamento que auxilia na recuperação de mulheres no pós-operatório, doado ao Instituto do Câncer do Hospital Tacchini.

Além de apreciar bons vinhos, Carol tinha paixão por Paris, onde havia visitado algumas vezes e, em outubro deste ano, voltaria com Joana.

Divorciada, além da filha Joana, Ana Carolina deixa os pais e três irmãos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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