Gabriella Irente completou 24 anos no dia 3 de outubro. Mas seu aniversário, em geral uma data de comemoração e do início de um novo ciclo, para ela foi o fim de uma jornada.
A jovem era transexual. Seu corpo foi encontrado na região da Lagoa Azul, em Suzano (na região metropolitana de São Paulo), sem sinais aparentes de violência ou afogamento.
Natural de Suzano e filha de descendentes italianos e espanhóis, Gabriella era uma artista brilhante nos palcos, onde usava o nome artístico de Hanna.
Cantora e performer, a jovem se apresentava em várias casas de show. Em 2019, ficou em segundo lugar no Miss Drag Revelação de Mogi das Cruzes e teve participações na parada LGBTQIA+ de Mogi das Cruzes e no Bloco Mogi das Queens.
Gabi, como muitos amigos a chamavam, espalhava talento e dedicação em tudo o que fazia.
De boas energias, ela gostava de fazer amizades, espalhava alegria, vontade de viver e de conquistar seus objetivos. Era uma pessoa de paz, pois não se metia em confusão, discussões ou episódios de violência.
Alexandra Braga, fundadora e vice-presidente do Fórum Mogiano LGBT, conta que Gabriella estava realizando o sonho de gravar um CD com músicas autorais. “Ela só queria ser feliz e viver a identidade de gênero”, afirma.
“Como legado, ficam a força e a coragem para correr atrás dos objetivos sem medo de ser feliz.
A polícia investiga as circunstâncias da morte de Gabriella.
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